Qual
será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas?” — MAT.
24:3.
Primeiro,
vamos analisar a segunda expressão. O termo “terminação” é tradução da palavra
grega syntéleia. Na Tradução do Novo Mundo essa palavra sempre é vertida
“terminação”, ao passo que a palavra grega relacionada, télos, é traduzida
“fim”. A diferença de sentido entre essas duas palavras pode ser ilustrada pela
maneira como é apresentado um discurso no Salão do Reino. A conclusão, ou o
término, do discurso é a sua última parte. Nela, o orador passa um certo tempo
relembrando à assistência os pontos explicados e mostra como as informações se
aplicam aos ouvintes. O fim do discurso é quando o orador deixa a tribuna. De
modo similar, do ponto de vista bíblico, a expressão “terminação do sistema de
coisas” se refere ao período que antecede e inclui o próprio fim.
E
a que se refere a “presença” a respeito da qual os apóstolos perguntaram? Essa
é a tradução da palavra grega parousia. A parousia, ou presença, de Cristo
começou com a entronização de Jesus no céu em 1914 e incluirá a “grande
tribulação”, durante a qual ele virá para destruir os perversos. (Mat. 24:21)
Durante essa presença de Jesus acontecem muitas coisas, incluindo os “últimos
dias” deste sistema perverso, o ajuntamento dos escolhidos e a ressurreição
deles para a vida celestial. (2 Tim. 3:1; 1 Cor. 15:23; 1 Tes.
4:15-17; 2 Tes. 2:1) Pode-se dizer que o período que constitui a
“terminação do sistema de coisas” (syntéleia) corresponde ao período chamado
presença (parousia) de Cristo.
Um
período prolongado
O
fato de a palavra parousia se referir a um período prolongado está em harmonia
com o que Jesus disse a respeito de sua presença. (Mateus 24:37-39.) Observe
que Jesus não comparou sua presença ao período relativamente curto em que
ocorreu o Dilúvio nos dias de Noé. Em vez disso, ele comparou sua presença ao
período muito mais longo que antecedeu ao Dilúvio. Incluem-se nesse período a
construção da arca e a realização da obra de pregação por Noé, período este que
se estendeu até o dia em que o Dilúvio por fim começou. Esses eventos ocorreram
ao longo de muitas décadas. De modo similar, a presença de Cristo inclui a
grande tribulação e os acontecimentos que a antecedem. — 2 Tes.
1:6-9.
Outras
profecias bíblicas deixam claro que a presença de Cristo se refere a um período
prolongado, e não apenas à sua vinda para destruir os perversos. O livro de
Revelação retrata Jesus como cavalgando num cavalo branco e recebendo uma
coroa. (Revelação 6:1-8.) Depois de ter sido coroado Rei em 1914, Jesus é
descrito como saindo “vencendo e para completar a sua vitória”. O relato então
mostra que depois dele surgem cavaleiros montados em cavalos de cores
diferentes. Esses representam profeticamente guerras, fome e pestilências
— desgraças que têm ocorrido durante o período prolongado chamado de
“últimos dias”. Vemos o cumprimento dessa profecia em nossos tempos.
O capítulo 12 de Revelação dá mais detalhes
sobre o estabelecimento do Reino de Deus no céu. Fala de uma batalha no domínio
invisível. Miguel — Jesus Cristo na sua posição celestial — e
seus anjos lutam contra o Diabo e seus demônios. Em resultado disso, Satanás, o
Diabo, e suas hostes são lançados para a Terra. Nesse ponto, conta o relato, o
Diabo tem grande ira, “sabendo que ele tem um curto período”. (Revelação
12:7-12.) Fica claro, então, que o estabelecimento do Reino de Cristo no céu é
seguido de um período marcado por um intensificado “ai” para a Terra e seus
habitantes.
O
Salmo 2 também fala profeticamente sobre Jesus ser empossado Rei no monte
Sião celestial. (Leia Salmo 2:5-9; 110:1, 2.) No entanto, esse salmo
também indica que há um período em que os governantes da Terra, junto com seus
súditos, recebem a oportunidade de se submeterem ao governo de Cristo. Eles são
exortados a ‘usar de perspicácia’ e a aceitar ser ‘corrigidos’. Durante esse
período, são “felizes todos os que se refugiam [em Jeová]” por servirem a Ele e
a seu Rei designado. Portanto, durante a presença de Jesus como Rei, concede-se
aos governantes e seus súditos uma oportunidade para fazerem as mudanças
necessárias. — Sal. 2:10-12.
O
reconhecimento do sinal
Quando os fariseus perguntaram a Jesus sobre
quando o Reino viria, ele respondeu que este não viria de modo
“impressionantemente observável” do ponto de vista deles. (Luc. 17:20, 21)
Descrentes não compreenderiam. E como poderiam? Eles nem reconheceram
Jesus como seu futuro Rei. Então, quem reconheceria o sinal da presença de
Cristo e compreenderia seu significado?
Jesus
continuou, dizendo que seus discípulos veriam o sinal de forma tão clara que
seria como se estivessem vendo um “relâmpago, com o seu lampejo, [que] brilha
duma parte sob o céu à outra parte”. (Lucas 17:24-29.) É interessante notar que
Mateus 24:23-27 relaciona essa mesma ideia diretamente com o sinal da presença
de Cristo.
Devemos lembrar que a palavra " parousia", significa presença e não " vinda." A presença de Cristo está em andamento." ( Mateus 24;23-27).
ResponderExcluirExatamente.
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