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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Apóstatas - Quem são? Em que creem?

Apóstatas - Quem são? Em que creem?


APÓSTATAS:
QUEM SÃO? EM QUE CREEM?


“Como caíste do céu, ó tu brilhante, filho da alva!" 

Um assunto recorrente, e que tem recebido ampla divulgação, principalmente na Internet, tem que ver com a apostasia.
Como cristãos verdadeiros, queremos estar suficientemente preparados para fazer uma defesa de nossa fé conforme é incentivado nas Escrituras. 
Para tanto, é preciso que entendamos primeiro o que significa esse termo e a quem se aplica. 
A palavra apostasia tem sua origem no grego antigo (απόστασις [apóstasis], "estar longe de") e tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação, ou seja, abandonar oua adoração, desertar  do serviço de Deus, na realidade, é uma rebelião contra Jeová Deus. 
A apostasia Pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto.

Nos tempos bíblicos, os apóstatas foram fortemente combatidos pelos verdadeiros cristãos. Havia também um incentivo bíblico a sequer comunicar-se com essas pessoas (2 João 9,10,111 Cor 5:11-13). 
O apóstata era alguém que rejeitava as orientações de Deus conforme expressas na sua Palavra, a Bíblia. 
Também eram considerados apóstatas aqueles que rejeitavam as orientações repassadas por seus representantes, fossem anjos, ou mesmo humanos imperfeitos.
No entanto algumas pessoas classificadas pelas Testemunhas de Jeová como apóstatas rejeitam essa denominação. 
Por que isso se dá? Alguns afirmam que o fato de não terem rejeitado a Jeová Deus e a Seu Filho Cristo, bem como a maior parte dos ensinos da Bíblia, os configura como não sendo apóstatas.

Será que há verdade nisto? Imagine a seguinte ilustração: Digamos que você fosse o dono de muitas terras e que para administrar toda a sua propriedade você contasse com o auxilio perito de seu filho. 
Digamos ainda que seu filho comissionasse uma classe de ajudantes como seus representantes. 
Imagine como você e seu filho se sentiriam, caso algum empregado rejeitasse uma orientação dessa classe de ajudantes comissionados por vocês? 
Podemos assim imaginar como o próprio Jeová se sente quando por muitas vezes seus designados são amplamente atacados por pessoas que muitas vezes são seus ex-associados. 


É esse um raciocínio descabido de lógica? 
De forma alguma! O próprio Jesus exortou os cristãos em alerta dizendo que alguns passariam a espancar seus irmãos. 
O apóstolo Pedro disse  que seriam como 'a porca lavada que voltou a revolver-se no lamaçal'. 
Os apóstolos também alertaram seus irmãos ao dizerem que após sua morte entrariam em seu meio lobos opressores, que “falariam coisas deturpadas”, e isso se deu. (Mat. 24:48-512 Ped. 2:1-22Atos 20:30)


No entanto, às vezes podemos ficar indevidamente perturbados com alguns questionamentos que porventura venham à nossa mente.   Por exemplo, alguns raciocinam: 
Como pode alguém que teve vários anos de associação com as Testemunhas de Jeová rejeitar esse companheirismo, suas crenças e, além disso, passar a atacar as Testemunhas e seu ensino? (1 Jo. 2:18,19)
Para entendermos plenamente isso, precisamos primeiro reconhecer que não é possível traçar um perfil perfeito dos apóstatas, assim como eles costumam fazer muitas vezes com as Testemunhas de Jeová. 


Em primeiro lugar é preciso que se saiba que a maioria dos que deixam o povo de Deus o fazem não por vontade própria, mas sim pelo fato de não terem obedecido as diretrizes espirituais e morais da própria Bíblia. 
Estes, em alguns casos acabam se revoltando contra irmãos individuais, e por vezes se expõem a histórias nem sempre completamente verdadeiras acerca das Testemunhas de Jeová como um todo. O que se torna um verdadeiro combustível para justificar frustrações não superadas. 
Com o coração cheio de mágoa e rancor, acabam disseminando matérias e pensamentos contrários às Testemunhas de Jeová. (Mat. 24:45-51)

É verdade também que alguns dos que hoje são considerados apóstatas eram irmãos influentes com cargos organizacionais, Enquanto estavam na organização, pessoas profundamente dedicadas e na maioria das vezes muito inteligentes e teocráticas, acabaram cedendo à curiosidade, talvez por descuido acessaram informações contrárias a tudo o que aprenderam no decorrer de suas vidas e acabaram por fraquejar na fé e por desertar da organização. 
Esse segundo grupo é muito mais influente e por consequência, mais perigoso do que o primeiro. 
É preciso ter presente que alguns dos considerados apóstatas já foram membros do corpo governante, superintendentes, anciãos, servos ministeriais, pioneiros e outros. 

Assim sendo, um cristão equilibrado e humilde reconheceria que pode ser de grande dano para sua fé expor-se ao raciocínio de tais pessoas. 
Reconheceria também que não seria sábio nem tampouco apropriado manter contato com tais pessoas. (Hebr. 6:4,6
Há também alguns que rejeitam completamente os ensinos bíblicos e seguem outro ramo religioso.
Enfim, deve haver ainda outros. 
Nossa intenção não é, conforme já dito, analisar cada caso individualmente; esperamos que Jeová o faça! 
No entanto, isso não descarta a necessidade que temos de nos defender contra seus raciocínios. 
Por isso é preciso estudar cuidadosamente seus 'métodos' para que não caiamos vítimas de sua conversa e sofremos um abalo em nossa fé.
Os apóstatas costumam atacar as crenças das Testemunhas em alguns pontos, Contra esses ataques, usaremos de raciocínios à base da Bíblia e do bom senso a fim de revelar a validade de tais acusações. 


É preciso dizer que este artigo não se direciona a criar debates com ex-associados, o que seria altamente desaconselhado, e sim entender a mentalidade apóstata e fortalecer nossa fé em Jeová, em sua organização e Seus propósitos. (Prov. 11:9; Isa. 32:6)
Às vezes, os apóstatas se valem de raciocínios teológicos e filosóficos com o fim de embaralhar qualquer raciocínio lógico que lhes sejam apresentados. (1 Cor. 2:5,6; 3:18-20
Em alguns casos se concentram em questões mínimas sobre detalhes ou palavras. 
Esse tipo de argumentação normalmente tem como objetivo minar a confiança na Tradução do Novo Mundo (daqui para frente NM), por exemplo, ou em publicações das Testemunhas de Jeová. No entanto, o conselho inspirado deve estar sempre bem claro em nossa mente 
conforme registrado em 2 Timóteo 2:16-18: "Esquiva-te dos falatórios vãos que violam o que é santo; porque passarão a impiedade cada vez maior e a palavra deles se espalhará como gangrena. Himeneu e Fileto são desses. Estes mesmos se desviaram da verdade,... e estão subvertendo a fé que alguns têm".  (Veja também 2 Tim. 4:14,15)


Alguns, no esforço de desacreditar as publicações, têm feito grande alarde sobre figuras subliminares
Podemos seguramente dizer que esse fato ou é altamente imaginativo, ou grandemente ilusório. 
Tem se exagerado sobre uma possível influência de tais imagens na mente humana e relacionado isso ao Satanismo. 
Algo que seria totalmente contraproducente numa organização que prima em ajudar seus seguidores a se opor ao Diabo. 
Às vezes tem-se falado contra a confiabilidade da NM, dizendo que ela está cheia de graves adulterações.  
No entanto, tais acusadores se esquecem que toda tradução é passível de algumas pequenas imperfeições 
por ser uma cópia e não os originais em si. 
Não percebem que todas as inserções feitas na NM estão devidamente sinalizadas e ajudam a dar o sentido correto à passagem bíblica.


Costumam falar muito sobre Russell, Rutherford e outros. 
Muitas vezes são comentários meramente especulativos provenientes de meios evangélicos, desprovidos de qualquer prova convincente, sem que sequer se entenda que Russell foi o fundador dum grupo de Estudantes da Bíblia, que depois veio a ser chamado Testemunhas de Jeová, e não da religião como ela o é hoje em dia. 
Houve quem dissesse que Russell foi o tradutor da NM, algo completamente impossível, pois essa só veio a ser 
produzida muitos anos após sua morte. 
Em suas acusações tais opositores se esquecem de que a vida pessoal de Russell, ou mesmo suas crenças, tem pouco 
ou nada a ver com a adoração das Testemunhas de Jeová individualmente. 
Essa argumentação ad-hominem é resultado de sentimentos feridos e raiva, e não tem como objetivo a edificação da fé de outros.


Todos os apóstatas são totalmente contra a classe do “escravo” e seu Corpo Governante. Isso não é novo, e de fato muitos se opunham de maneira veemente aos homens em liderança no passado. (2 Ped. 2:10-13) 
Seu hábito é o de serem impacientes quanto a mudanças organizacionais. Por outro lado, há os que acham-se justos 
demais, se ressentindo de mudanças e criticando com severidade os anciãos. 
Esse proceder tem apoio bíblico?    A resposta é não!    (Veja 1 Tim. 5:1Hebr. 10:36,392 Jo. 8,9Ecl. 7:16). 
Tais hábitos comuns aos apóstatas refletem que eles se esquecem do real objetivo das Escrituras que não é o de criar 
divisões/seitas; antes, é fazer com que o homem seja plenamente competente, completamente equipado para toda boa obra. (2 Tim. 3:16)


Um dos temas principais nas Escrituras é o amor, algo pregado e vivido em amplitude entre as 
Testemunhas de Jeová em todo o mundo  (Jo. 13:34,35). 
As Testemunhas se distinguem por serem neutras na política, pelo apego moral às ordens bíblicas, por seguirem ensinamentos vitais do cristianismo exatamente como o fazia a primitiva congregação cristã. A saber, não são trinitários, não creem na imortalidade da almacreem sim no resgate. E muito mais. O apóstata, no entanto, ao invés de valorizar os pontos principais e positivos, arvoram-se em Juiz e decidem por si mesmos o que é ou não apropriado em termos de alimento espiritual. (Mat 7:15-20
Ao concentrar-se em pequenos detalhes, “peneiram o mosquito e engolem o camelo”, como disse Jesus. 
Esquecem-se de que o objetivo real do Criador é evidentemente acertado em conduzir os seguidores ao amor e 
ao aprimoramento espiritual progressivo. (Pr. 4:18
Esse é um fato recorrente na argumentação apóstata. As 'novas luzes' são criticadas, e a volta a um ensino 
anterior é ainda mais fortemente combatida. 
Será mesmo o fato de existirem 'novas luzes' algo tão digno de admiração? 


Vejamos.               


No passado, mais especificamente referindo-se às Escrituras Hebraicas, os judeus tinham um conjunto de 
leis e regras muito amplo e extensivo. 
Esse conjunto chamado de Lei Mosaica é até hoje defendido por eles, e em sua visão deve ser seguido ao pé da letra. 
Algumas denominações da cristandade afirmam que o apego a tal lei deve ser irrestrito apesar de eles mesmos não o fazerem.   
Será que entenderíamos esse tipo de visão como correta? É de conhecimento comum que Cristo é o fim da Lei. 
Essa mudança de visão não foi um grande progresso rumo à luz espiritual? 
No entato, a argumentação apóstata diz que quando se rejeita um ensinamento e se substitui por outro é por que há inconsistência. 
Na verdade, o progresso no entendimento deveria ser visto sempre com bons olhos. 
Por exemplo, não foi maravilhoso o novo entendimento sobre a parábola das ovelhas e dos cabritos, que nos 
mostra que tal separação será feita por Cristo no futuro? 
Nos ajudou a não taxar nem prejulgar outros!  Não foi igualmente um ato de amor o novo entendimento, em que se fazem novas concessões sobre a questão de frações derivadas de componentes encontrados no sangue? 
Este fez com que granjeássemos ainda mais o respeito de autoridades médicas!


O fato de haver um entendimento parcial é facilmente compreensivel, pois em alguns casos os servos de Deus não 
tinham entendimento amplo do que estavam escrevendo ou ouvindo, e nem por isso eram considerados como tolos, pois 
tinham apego a Jeová e às Suas ordens. (Dan. 12:8,9Jo. 6:48-69)
Outra acusação comum feita por tais opositores tem que ver com a posição das Testemunhas de Jeová com relação ao sangue. Um argumento já usado, por exemplo, raciocina: visto que o sangue injetado não vai ao estômago, como quando consumido, a aplicação da lei bíblica de se abster de sangue não é bem aplicada. 
Segundo dizem, um estudo aprofundado da expressão  “abster-se” revelaria que, na verdade, tinha apenas o sentido de não comê-lo. 
Esse raciocínio pode parecer a um primeiro prisma bem elaborado, mas será que transmite o espírito da proibição bíblica? 
Note que o versículo usa o abster-se, não no sentido exclusivo de comer. Senão, como se aplicaria esse termo quanto à fornicação? 
Além disso, essa não é uma tradução exclusiva da NM. 


Ademais, o importante não é a palavra empregada em si, mas sim o pensamento por detrás disso. 
Evidentemente não era possível proibir a transfusão naquela época, pois esse recurso sequer existia. 
Mas a mera ausência de uma proibição direta não significa que Deus apoiaria essa atitude em nossos dias, não é verdade? 
Na Bíblia não há proibição direta contra o fumo ou contra o uso de drogas recreativas, como maconha ou cocaína, mas seriam elas recomendadas aos cristãos? 
Por exemplo, nos dias de José não havia proibição direta contra o adultério. 
Mas ele rejeitou esse proceder, pois reconhecia que não agradaria ao Criador. 
Para entender se certa proibição tem ou não base, é preciso entender o "espírito" por detrás de tal proibição. 
Isso vai além das leis diretas (Efésios 5:17). 
Esse entendimento através de princípios era evidentemente intencionado por Deus, para suas criaturas, até 
porque seria virtualmente impossível estabelecer uma regra fixa para cada aspecto da vida humana. 
Entender isso exige madureza cristã. 
Se existisse um conjunto de regras inflexíveis sobre todo comportamento, isso cercearia o livre arbítrio, um 
dom fornecido amorosamente por Deus. 
Sendo assim qual é o princípio fundamental por detrás da lei do sangue?

O sangue como representativo da vida é sagrado para Jeová. Fato esse que é corroborado pela admoestação de se 
derramar o sangue no solo e de não consumi-lo junto com a carne. 
Foi também o sangue representativo de Jesus que, quando derramado, pôde propiciar a salvação da humanidade que 
nele exercesse genuína fé. (Hebr. 9:22-28; Jo. 3:16; 1 Jo. 1:7
Na Bíblia, há outras citações marcantes que demonstram a maneira de Jeová encarar o sangue. 
Por exemplo, por dizer que ele “clamava desde a terra”, e etc. 


Com isso em mente, o que diria: Será que Jeová acharia menos grave aceitar uma transfusão de sangue do que comê-lo? 
Será que o fato de a transfusão ser feita para sustentar uma vida a  torna mais aceitável? 
Lembre-se do que  Jesus disse: “Quem quiser salvar a sua alma perdê-la-á, mas quem perdê-la pela causa das boas novas salvá-la-á.” 
Além do mais, não deveria o cristão buscar um tratamento aceitável à vista de Deus se isso lhe fosse possível; ou, antes, deveria desobedecê-lo em prol de sustentar sua vida por alguns míseros anos? 
Seriam esses anos mais válidos do que a eternidade, a 'verdadeira vida', aquela que há de vir? 


Ainda outro ponto fortemente criticado tem que ver com as expectativas frustradas que foram alimentadas pelas 
Testemunhas no decorrer de anos. 
Costuma-se citar várias datas e afirma-se que o fato de elas não terem se cumprido é base para taxá-las como 
uma classe de falsos profetas. 
A priori, é preciso dizer que as Testemunhas nunca professaram infalibilidade. 
Antes, o que publicaram na maioria das vezes era descrito como uma possibilidade não como uma probabilidade. 
Convenhamos, o fato de algumas expectativas não terem se cumprido não configura aqueles que a alimentaram como escravo mau. 
É verdade que cederam à curiosidade e erraram em algumas interpretações, mas em base real isso não significa também 
que estavam preocupados com a época em que viviam 
e não é verdade que, ao fazerem isso, exortavam outros a também participar em boas obras? 
Também não seria correto dizer que no decorrer das décadas esse fato não lhes serviu de lição?

Hoje, o conceito sobre uma data determinada sobre o fim desse sistema é muito diferente do 
que havia a vários anos atrás, e que costuma ser recontado pelos apóstatas. 
É evidente que, apesar de Jeová ser perfeito, sua organização na Terra não o é. 
Nem poderia ser, pois é dirigida por humanos limitados e imperfeitos. 
Isso não significa que esse arranjo não conta com o apoio de Jeová.
Veja como Jeová dirigia seu povo no passado. 
Os homens a quem se conferia grande responsabilidade no passado eram imperfeitos. 
De fato, a Bíblia relata falhas graves de Moisés, Arão, Davi, Salomão, Pedro e outros. 
No entanto, Jeová não vigia os erros dos humanos, procurando uma oportunidade para puni-los, mas antes 
é misericordioso e benevolente, demonstrando compaixão e perdão, mesmo quando esses erros afetavam outros. 


Jeová certamente percebia as faltas desses homens, mas reconhecia seu esforço em dirigir Seu povo à Sua maneira. 
Em algumas ocasiões, pessoas se concentravam nas falhas desses homens e se esforçavam em expô-los com o claro 
objetivo de os desmoralizar, assim como muitos apóstatas o fazem hoje em dia.  
Mas o fato é que Jeová utilizava um “canal visível” conforme se pode observar no relato envolvendo Moisés, no qual Suas 
orientações foram desafiadas por Corá, Datã, Abirão e Om. 
E o resultado final desse relato mostra de que lado Jeová estava naquela questão! Hoje em dia não é diferente, pois 
Jeová é um Deus que 'não muda' e  em quem 'não há variação da virada da sombra'. 

É também sustentado por alguns dos dissidentes o fato de que não há absolutamente nenhuma 
necessidade de pertencer a uma religião organizada. 
Entendem que, visto que a salvação, se é que ela existe, é uma bem-aventurança individual, não há 
porque estar sujeitos à orientação de outros humanos em suas vidas lhes ditando o que devem ou não fazer. 
Acham assim que não há necessidade de que alguém interprete para eles as Escrituras, acham também que o entendimento particular dela, ainda que divergente, seja absolutamente aceitável. 
Esse é um proceder orgulhoso, insubmisso e arrogante. 
Esse pensamento é em si um tanto inconsistente e não raro leva os apóstatas a tornarem-se 
pessoas céticas, agnósticas ou até mesmo atéias, com total descrença em Deus e na Bíblia, o que é realmente lastimável!
Quanto a isso, a evidência bíblica indica que no passado, Deus mantinha seus tratos única e exclusivamente por meio da nação de Israel. 
Jeová usava para tanto juízes e profetas, dentre outros. Mesmo sendo pessoas imperfeitas para que lhes repassassem informações úteis, as orientações diretas da parte de Deus quanto à adoração, quanto a conselhos apropriados sobre como deveriam dirigir suas vidas nas mais diversas modalidades. 
Os que tinham fé obedeciam muitas vezes sem sequer entender ao certo os motivos. 


Por exemplo, muitos israelitas não entenderam porque Moisés os conduzia ao ermo e ao Mar Vermelho pelo caminho 
mais longo enquanto eram perseguidos por Faraó. 
No entanto, os obedientes obtiveram boas recompensas (Êxodo 14:10-14). 
Com o envio de Jesus à Terra, aquele arranjo sacerdotal foi substituído e as orientações começariam a vir por meio da congregação cristã. 
Diversas cartas eram enviadas às congregações individuais, que formavam um grande circuito e nelas, às vezes, o escritor 
expunha além do que era inspirado: suas próprias opiniões e convicções sobre alguns assuntos, certamente 
com o apoio divino. Por exemplo, Paulo aconselhou alguns a manterem o estado de solteiro, que lhes evitaria maiores 
impedimentos quanto a continuar plenamente dedicados à obra do Reino. (1 Cor. 7: 7,8,25,26,40
Os conselhos amorosos repassados nessas cartas eram esperados com entusiasmo, eram prezados e aplicados dentro 
do possível por aqueles que amavam a Jeová e sua Palavra. (Atos cap. 15
Os primeiros cristãos costumavam se reunir em lares particulares e em outros lugares apropriados para lerem e meditarem acerca de ensinos bíblicos e se encorajarem mutuamente. 
Havia anciãos e servos ministeriais e esses eram designados conforme orientação do espírito santo; esses eram 'coluna 
e amparo da verdade' e às vezes, tinham de repreender e exortar com toda longanimidade e arte de ensino. 


Os cristãos que humildemente se arrependiam eram perdoados e os impenitentes perdiam o privilégio de se 
associarem com os cristãos, que por sua vez sequer os cumprimentavam, ou os recebiam em seus lares, ou 
tomavam uma refeição com tais pessoas que antes haviam sido seguidores fiéis de Jeová e do Cristo. 
Com essa breve descrição de como acontecia nas congregações do primeiro século, responda sinceramente:  
Não se assemelham nos pontos alistados acima a congregação cristã do passado e a das Testemunhas de Jeová da atualidade?
Note a descrição do parágrafo anterior. 
É provável que você concorde com muito, senão com tudo o que foi dito, não é mesmo? 
Há fortes indícios bíblicos de que o que ali foi escrito não é uma fantasiosa visão do cristianismo. 
No entanto, muito do que é criticado nas Testemunhas, tem base em seu apego de seguir o mais de perto possível este modelo do passado.
Por exemplo, alguns condenam algumas orientações passadas pelo corpo governante, como se este estivesse a assumir uma posição tal qual a de Cristo ao orientar as congregações. (Judas 8, 11


Condenaram o irmão Knorr, pois segundo dizem, certa vez aconselhou um jovem a permanecer solteiro.
Condenam os irmãos que esperam ansiosos por uma Sentinela nova, um novo entendimento, ou um congresso 
de distrito, como sendo escravos do corpo governante ou idólatras seguidores de homens, para citar suas palavras. 
Dizem, conforme já exposto, que não há necessidade de pertencer a uma religião. 
Pense um pouco: o que seria dos ensinos cristãos se os irmãos em Corinto, Éfeso, Tessalônica e outros 
não tivessem o hábito de se reunirem? 
A quem Paulo escreveria? 
Quanta divisão existiria se Paulo não enviasse seus conselhos acauteladores? 
Que explicação cabível pode-se dar ao conselho inspirado de Hebreus 10:24,25, se não precisássemos nos reunir? 
Se não há mesmo a necessidade de ninguém explicar de maneira correta as Escrituras e cada um pode entendê-la 
a seu modo, a que propósito essa serviria?  
Ou será que existem diversas verdades? 
Seria esse entendimento compatível com o ensinamento da própria Bíblia? 
Será que pessoas individuais conseguiriam defender e difundir as verdades da Bíblia, sejam elas quais forem, sem 
estarem de alguma maneira organizadas? 
Será que toda forma de organização é em si destrutiva? 
Além disso, diversas vezes tem sido criticado o arranjo da desassociação, mas não há forte base bíblica para tal associação? 
E o que dizer daqueles que foram humildes e retornaram, abandonaram o pecado devido a esse arranjo? 


Como se isso não bastasse, os apóstatas são veementes no seu combate à disseminação das verdades bíblicas de casa em casa. 
Dizem que os cristãos não iam de “casa em casa”, que a tradução mais correta de Atos 5:42 e 20:20 seria “nas casas”. 
Novamente, se prendem aos detalhes e esquecem o essencial. (Luc. 6:46) Certamente os apóstolos evangelizavam, o que é incontestável. 
E esse é o fato realmente importante! Jesus asseverou que essa obra fosse feita com 
maior esforço na época do fim em que vivemos. (Mat. 24:14; 28:19,20
É bem provável que se usassem outros métodos além de ir nas casas. 
Mas isso não elimina o valor desse testemunho pessoal, nem o torna errado. 
Os resultados obtidos com essa forma de evangelização mostram por si mesmos as bênçãos de Jeová sobre tal arranjo. 
Certamente, os métodos utilizados pelas Testemunhas de Jeová ajudam muito mais pessoas que o trabalho de dissidentes na internet. 
Prova disso é o que revela uma simples análise dos “frutos” de ambos os trabalhos. 
Se por um lado as Testemunhas dão esclarecimento pessoal, individual, e além de tudo esperança segura de uma melhora no futuro, os dissidentes costumam ser sem esperança, críticos, arredios, temperamentais e vingativos. 


A maioria dos estudantes da Bíblia hoje é contatada devido ao ministério feito de maneira tradicional entre as Testemunhas. 
Esse trabalho de pregação é caracterizado pelo esforço de prestar auxílio a pessoas em grande necessidade e pela 
obediência a claras ordens bíblicas. (Rom. 10:14-18; Mar. 13:10; 2 Tim 4:2
Em sua argumentação torpe, os apóstatas manifestam-se contra os relatórios, dizem que estes fazem os cristãos trabalharem com base em números. Mas que dizer dos primeiros cristãos? 
Não é o texto das Escrituras Gregas permeados por relatos que registram números, às vezes com estatísticas, que envolvem os resultados da obra de irmãos individuais, bem como de congregações inteiras? 
(Veja, por exemplo, Atos 1:15; 2:41; 6:7). 
E como são encorajadoras as experiências de Paulo ao defender e estabelecer as boas novas!
Novamente observa-se que a argumentação apóstata é resultado de ver as coisas sob um ponto de vista negativo, pessimista. 
Uma constante e interminável busca de erros alheios sem nunca admitir seus próprios, fato que tem resultado em grande divisão mesmo entre eles. 


Outro ponto descrito por pessoas dessa classe como sendo uma grande falsidade das Testemunhas de Jeová, num esforço malicioso de apenas conseguir adeptos, é o seu entendimento sobre o fim deste sistema de coisas. 

No entanto, acusações assim não são nenhuma novidade, visto que os apóstatas desde o princípio rejeitaram a urgência dos tempos, talvez em resultado de enfraquecimento espiritual e do desligamento relativo à associação com os fortes na fé. (2 Ped. 3:3,4; Mat. 24:1-14; 2 Tim 3:1-5
No entanto, é deveras fácil saber de que lado Jesus estaria em nossos dias. 
Ele disse que seus discípulos manteriam uma atitude de espera e seriam vigilantes independentemente de que época vivessem. (Mat. 24:42; 25:13)


E manter uma atitude de alerta nunca foi ruim para ninguém. Por exemplo: 
Se você tivesse um vigia em sua casa e ele tivesse o alertado, ainda que indevidamente, ficaria bravo com ele, o despedindo de seu serviço e se expondo a ficar totalmente desprotegido? 
Ou antes, ficaria feliz de saber que este está atento em cumprir bem com sua obrigação e alerta? 
Talvez haja os que diriam: “O correto seria trocar de vigia.” Isso seria razoável caso houvesse hoje em dia alguém 
mais alerta que a classe do escravo. 
Mas, sinceramente falando, será que isso pode ser factualmente comprovado à base de evidências no decorrer dos últimos anos? 
A resposta é não! 


Às vezes, num esforço desesperado e quase que totalmente improdutivo de defesa, argumentam que alguns especialistas 
chegaram a conclusão de que, por exemplo, não tem havido um aumento de terremotos. 
Não é objetivo do verdadeiro cristão criar casos com especialistas das mais diversas áreas. 
No entanto, esse argumento chega a ser quase infantil. 
Nessas exposições, os apóstatas deixam claro quão parciais são na disseminação de informações. 
Ainda que o verdadeiro cristão não se baseie em opiniões de pessoas influentes, que dizer do que outros especialistas dizem sobre o fato? 
E quantas pessoas que não são Testemunhas e outros que sequer acreditam na Bíblia e ainda assim tem visto que o atual sistema está numa situação irremediável? 


Enfim, apesar desse texto já ser bastante extenso, certamente não inclui tudo sobre o assunto, mas provavelmente já é o necessário. Entretanto, é bastante válido, analisar as atitudes dos apóstatas dos tempos bíblicos e comparar com a atitude demonstrada por muitos deles hoje. 
Em alguns casos, houve um enfraquecimento da fé. 
Esses alimentaram dúvidas e cederam diante destas, não procurando as ajudas necessárias dentro da congregação. 
(Mat. 14:31; Rom. 14:23). Nunca caiamos em tal cilada! 
Antes, nos aprofundemos no estudo das verdades bíblicas, sempre tendo profundo respeito por Jeová e Seus arranjos estabelecidos. 
Sujeitemo-nos humildemente à ordem teocrática, pois isso nos será de enorme benefício. 
Podemos assim ter certeza de que nossos empenhos de estar servindo a Jeová lado a lado com sua organização certamente serão recompensados, pois Ele não se esquece do trabalho fiel de Seus servos! 
Aqueles que realmente confiam em Jeová sabem que Ele vê tudo e que tem conhecimento e capacidade para mudar qualquer coisa que não Lhe agrade, no Seu tempo certo e devido, sim, tais pacientemente esperam! 


Por enquanto, os fiéis não veem melhor alternativa do que estarem ajuntados com aqueles que defendem o 
nome de Jeová e se esforçam em servi-Lo. (Jo. 6:68)  
Aqueles que hoje não são mais Testemunhas tendem a ver certas proibições com base bíblica como restritivas 
da liberdade, como uma prisão, dizendo que somos “escravos da Torre”. 
Nós, por outro lado, como servos dedicados e humildes, vemos tais recomendações mais como um “cinto de segurança” que nos protege em nossa carreira espiritual (Gál. 5:13; 1 Ped. 2:16).  
Precisamos, portanto, nos acautelar daqueles que prometem ‘liberdade’, sendo eles mesmos escravos de sua inatividade sonolenta (2 Ped. 2:1,19). 
Esse tipo de liberdade é na verdade libertinagem, sim, uma forma de desacertar os propósitos divinos, e tem por objetivo 
nos tirar do foco dos assuntos mais importantes, a saber, o amor e obras aceitáveis a Jeová (Col. 1:10).
Conforme já dito, esse texto não se propõe a rebater toda e qualquer afirmação da parte dos apóstatas. 
De fato, nem se direciona a tais. Antes, tem como objetivo levar aqueles 
que têm interesse genuíno no assunto, junto com profundo respeito pelas Escrituras, a meditar sobre qual 
proceder realmente conta com a aprovação de Jeová. 


Será que é aquele que é revolto, rebelde, impaciente, orgulhoso, insubordinado, que deseja as coisas a 
seu tempo e à sua maneira? Ou é o espírito paciencioso, humilde, respeitoso e submisso, demonstrado 
por muitas das Testemunhas de Jeová hoje, igualmente aos fiéis do passado? 
Medite no que diz Jó 13:16  e resolva de que lado você deve estar!
(Para mais informações sobre esse tema, veja w83 01/10, pg. 17-25; w86 15/03, pg. 15-20)

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