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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

SALÃO DE ASSEMBLEIAS DA DINAMARCA - Um símbolo oculto?


SALÃO DE ASSEMBLEIAS DA DINAMARCA - Um símbolo oculto?




Antes de mais nada, é preciso separar "FATOS" de "INFORMAÇÃO INDUTIVA", informação essa que normalmente é falsa.

FATO
A vista aérea na posição como apresentada na imagem se ASSEMELHA ao referido símbolo.

INFORMAÇÃO INDUTIVA
O formato é assim porque foi feito propositalmente dessa forma, pois a Associação está vinculada a Maçonaria e Iluminatis.

ANALISANDO A LUZ DA LÓGICA E DAS POSSIBILIDADES ADICIONAIS

Como o único fato existente é que o formato, na posição apresentada se ASSEMELHA a um símbolo oculto, então analisaremos a imagem sob um prisma diferente, tendo como Premissa outro fato: "A Associação Torre de Vigia não possui vínculo algum com qualquer Sociedade ou Entidade Religiosa, secreta ou não, nem mesmo com Órgãos Governamentais, haja visto não sermos adeptos ao ecumenismo e por causa de nossa neutralidade".

Sendo assim, vamos raciocinar:

1) O FORMATO TRIANGULAR DO TERRENO

O lote onde o Salão de Assembleias foi construído possui um formato triangular.

Quem define o formato de um terreno são as autoridades, não o dono do mesmo, a menos que ele divida alguma parte de seu terreno, o que não parece ser o caso.

2) O PRÉDIO E ESTACIONAMENTOS - O formato do olho

Esse tipo de terreno em forma de triângulo se torna um desafio para Engenheiros e Arquitetos poderem projetar algo, que ao mesmo tempo seja eficiente, aproveite todos os espaços e seja funcional.

Ao observar a arquitetura empregada na imagem podemos ver que essa obra cumpre com todos os requisitos necessários para o melhor aproveitamento do espaço.

a) Da base maior (entrada) afunilando até o auditório (o que parece a base do olho) - Essa parte garante um amplo estacionamento que em grandes auditórios é sábio que seja localizado a frente, isso evita distrações com o barulho de carros passando pela lateral do auditório, caso maior parte do estacionamento fosse localizada aos fundos do auditório.

b) Do auditório (o olho) até o fim do terreno - O auditório é levemente convexo, ou seja, possui um formato de "U". Esse tipo de formato melhora o aproveitamento do espaço interno e auxilia na acústica do ambiente. Visto de cima parece ser a "base do olho" do suposto símbolo, mas isso não tem nada a ver com a funcionalidade do ambiente.

3) É UM SÍMBOLO OCULTO?

Imagine que você quer fazer uma construção que ao mesmo tempo represente, duma perspectiva aérea, um "símbolo" de sua empresa, Igreja, seita, etc.

A coisa mais importante nesse caso é que o SÍMBOLO, aquilo que você quer destacar, seja PERFEITO. Somente depois é que você tentará encaixar ao projeto as demais funcionalidades.

Porém observam-se coisas interessantes nesse Salão de Assembleias:

a) Formato triangular - Longe de representar um perfeito triângulo, sua forma irregular evidencia um descuido ou descompromisso com alguma eventual intenção de representar algum símbolo específico.

Imagine que você quer fazer algo no formato de uma bola de futebol. Você planejaria que o formato principal não fosse perfeitamente desenhado, parecendo mais uma elipse do que um círculo, por exemplo? Claro que não! Pois isso iria interferir na percepção e na fidelidade da construção em relação ao símbolo que desejaria retratar.

Esse é o caso que ocorre com o formato irregular do terreno do Salão de Assembleias da Dinamarca.

b) O olho - O auditório que parece formar a suposta base para o "olho que tudo vê", juntamente com os complementos, incluindo o palco e fundos, possuem muitos problemas para o simbolismo desejado:

I. Está invertido, pois o destaque maior no símbolo oculto está na pálpebra superior do olho e o "Salão de Assembleias" acaba destacando a parte inferior, trazendo um aspecto de "olheiras cansadas" ao invés de "um olho observador".

II. Não há globo ocular definido.

III. A visão do "suposto olho" parece estar é entediada, revirando "os olhos", pois esse aponta, mira ou olha para cima.

Assim, nem externa e nem internamente possuímos características necessárias para atribuir algum valor a acusação, mesmo analisando tudo sob a ótica apresentada.

4) ADICIONANDO ELEMENTOS AO RACIOCÍNIO

a) Mais símbolos no local? Se esse fosse um grande monumento dedicado pela Associação a "revelar" ao mundo, de maneira faraônica e nada discreta, que ela possui envolvimento com sociedades secretas, não deveríamos esperar que mais símbolos e indícios fossem encontrados no local? Mas o que temos? ABSOLUTAMENTE NADA!

b) Mais indícios em outras construções? Se essa fosse a maneira da Associação revelar que faz parte disso tudo, por que não vemos nenhuma outra obra contendo tais simbolismos? Porque perderam a oportunidade de fazer isso com a nova sede mundial, por exemplo? Porque somente em um ÚNICO Salão de Assembleias e ainda na Dinamarca? Não faz sentido algum.

c) Quem fez a obra? A Associação comprou o prédio e apenas o reformou ou o construiu? Qualquer que seja a resposta, pelo exposto acima fica evidente a idoneidade da Organização das Testemunhas de Jeová.

AFINAL, O QUE É TUDO ISSO ENTÃO?

Isso tudo é fruto da união de 2 fatores: (1) Mente apostata satânica e doentia; com (2) Pareidolia.

Essas acusações partem de pessoas que odeiam a Organização de Jeová e que a todo momento tentam difamá-la ou fazê-la cair em descrédito e inventar boatos maldosos ou espalhar meias-verdades.

Essa mente e coração controlados pelo diabo são presas fáceis a qualquer que seja a ínfima possibilidade de conseguir criar mais um ataque infundado, do qual eles mesmos não tem a menor noção do que falam.

A imagem não passa de uma PAREIDOLIA. É como se você olhasse para uma nuvem, para uma casa, para uma sombra e enxergasse nesses locais o formato de símbolos, rostos, animais, etc.

Por exemplo:
A - Se você girar a mesma imagem por 90 graus obterá visualmente uma imagem semelhante a um megafone.

B - Se girá-la 180 graus, pareceria mais uma Pizza, um peão ou o lápis do Chaves que foi apontado várias vezes.

Dessa forma, a percepção pode variar de acordo com o ângulo em que se observa determinada imagem, e o mesmo se dá com essa imagem. Você é sugestionado a enxergar aquilo que lhe propõem.

CONCLUSÃO
A imagem não passa de uma pareidolia, uma simples coincidência quê deveria ser mais motivo de riso do que de preocupação.

"Não prestem atenção a fábulas [...] Todas as coisas são puras para os puros; mas para os impuros e sem fé, nada é puro, pois tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas" - TITO 1:14, 15.

Será que Charles Taze Russell era racista? (Parte 2)




Será que Charles Taze Russell era racista? (Parte 2)

Imagem relacionadaO artigo publicado em A Torre de Vigia de 1º de outubro de 1900, R2706* página 296 , intitulado: “Pode a Restituição mudar a pele do etíope?” tem sido usado como uma das supostas “provas” de que o Pastor Russell era racista.

Apresentamos, na íntegra, o artigo traduzido:

SERÁ QUE A RESTITUIÇÃO PODE MUDAR A PELE DO ETÍOPE?

O abaixo, de autoria do New York World, é o terceiro caso que vemos relatado. Isso sugere e ilustra o processo de restituição que ocorrerá em breve. Lemos assim:

“ELE GRADUALMENTE MUDOU DE PRETO PARA BRANCO.”

“PARKERSBURG, W. VA., 8 de set. – O destino reservou ao Rev. Wm. H. Draper, pastor da Igreja Logan Memorial, da Conferência de Washington, Igreja A.M.E., desta cidade, fornecer uma resposta viva e afirmativa à famosa pergunta Bíblica: “Porventura pode o etíope mudar a sua pele?” Embora tenha sido negro como carvão, o Rev. Sr. Draper agora é branco. Os conhecidos dele dizem que sua cor mudou em resposta a uma oração. Muitos anos atrás Draper era empregado de um homem de pele clara, e em diversas ocasiões ouviu-se ele dizer que se tão-somente fosse branco como seu patrão ele seria feliz. Enquanto estava trabalhando para esse homem branco, Draper ‘experimentou’ religião.

“Daquele dia em diante ele orou fervorosa e constantemente para que se tornasse branco. Trinta anos atrás, sua oração começou a ser respondida. Ele inicialmente passou a sentir um formigamento no rosto e, ao olhar de perto, encontrou alguns pontinhos brancos não muito maiores que a ponta de um alfinete. Ele ficou preocupado, achando que tinha alguma doença incomum, mas não sofreu, e, além da sensação de formigamento, não sentiu nada mais diferente. Os pontos brancos foram gradualmente aumentando, até que agora, depois de as mudanças estarem em andamento por trinta anos, Draper já não possui nenhum ponto negro em seu corpo.

“Muitos anos atrás, antes dessa estranha metamorfose ocorrer, o Sr. Draper era responsável pela mesma igreja que cuida hoje. Ele era muito querido pelo rebanho e, quando partiu, deixou muita tristeza. Quando recentemente retornou a Parkersburg, os membros da igreja ficaram muito contentes pois seu pastor favorito estava voltando. Quando, contudo, Draper apareceu no púlpito no primeiro domingo, nenhum membro o reconheceu. De fato, isso foi tudo o que podia fazer para convencê-los de que ele, um homem branco, era o mesmo velho pregador negro de anos atrás.”

Muitos usam trechos desse artigo para provar que Russell disse essas coisas e era racista. Mas considere o seguinte:

  • Nada ali escrito eram palavras do próprio Russell. Ele citou um artigo do jornal New York World, que, por sua vez, conta a história e desejo pessoal de um Pastor Batista!
  • Russell não achava que Adão e Eva eram totalmente brancos:

“Podemos supor que eles não eram nem brancos como alguns de nós, nem escuros como os negros, mas morenos, fulvos. Se isso for verdade, a brancura extrema de alguns povos não deve ser considerada o padrão original, mas um desvio para um dos lados, assim como o negro e outros seriam desvios para o outro lado.” - A Torre de Vigia, 15 de julho de 1902.

  • Segundo Russell (e ele não era dogmático sobre isso), na Restituição as pessoas poderiam voltar a ter uma cor de pele semelhante a de nossos primeiros pais, Adão e Eva.
  • Digno de nota também é o fato de que o próprio Russell não era moreno (a suposta cor original), e sim consideravelmente branco.

Muitas outras supostas provas de que Russell era racista são semelhantes a esse fato, são mentiras usadas por pessoas mal intencionadas tirando palavras do contexto e interpretando a seu bel-prazer.  

Provas de que Russell não era racista são bem claras e abundantes. A título de exemplo, em seu artigo “A Nova Vida em Cristo” (The New Life in Christ), publicado em A Torre de Vigia de 1º de junho de 1899 (R2481, pág. 141), Russell escreveu:

“E o Apóstolo então nos mostra que nessa nova condição, quais membros do corpo de Cristo, devemos nos lembrar que as anteriores diferenças dos homens devem ser ignoradas, pois quem quer que tenha sido aceito pelo Senhor como membro de seu corpo é co-membro de todos os demais que assim foram aceitos — não importando se, de acordo com a carne, eram gregos ou judeus, circuncisos ou incircuncisos, bárbaros ou citas, escravos ou homens livres; pois todos os que vieram a estar em Cristo são considerados como mortos para sua condição anterior, e vivos para as novas condições, as quais são vida para todos. Assim, um escravo que está sendo liberto está morto para com sua anterior escravidão, e pode-se dizer que, figurativamente, começou uma nova vida. Do mesmo modo, um cidadão pode renunciar sua lealdade à pátria de nascimento e jurar lealdade a um novo país, tornando-se um cidadão deste e, portanto, ser considerado como que morto pela nação da qual era cidadão por nascimento, e tornar-se vivo como cidadão da nova nação na qual foi aceito. Assim se dá com todos os que estão em Cristo: eles podem ter sido galeses, hispânicos, bretões ou gauleses, negros ou brancos, índios ou malaios, mas assim que são aceitos pelo Senhor quais novas criaturas através da fé e da consagração, eles devem considerar a si mesmos como mortos para com seus anteriores relacionamentos e obrigações, e como tendo entrado em novas condições quais cidadãos do Reino Celestial, reconhecidos como herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo.

Isso não significa, contudo, que o homem branco se tornará um homem negro, ou o homem negro se tornará um homem branco; não necessariamente significa também uma mudança de idioma, nem uma revolução em todos os gostos e peculiaridades de onde se nasceu; nem significa que haverá um pleno livramento, de acordo com a carne, das obrigações do país onde nascemos, nem sugere que não devamos nos submeter aos poderes existentes, exceto quando suas exigências forem contrárias às ordens de nosso Rei; nem sugere que devemos ignorar as diferenças de sexo e as peculiaridades de cada gênero, as quais, de acordo com as Escrituras, deverão continuar e ser mantidas durante a era atual. O que se indica, contudo, é que ao pensarmos uns dos outros como novas criaturas em Cristo todos devem ser considerados como estando no mesmo plano ou nível comum — ninguém deve deixar de ser estimado como “irmão” por causa de sua cor, idioma ou sexo.”

Diante do exposto, fica claro que qualquer afirmação de que Charles Taze Russel era racista, não passa apenas de mentiras semelhantes ao exemplo citado.

*(R=Reimpressões, ou seja, volumes encadernados de A Torre de Vigia reimpressos.)

sábado, 26 de janeiro de 2019

Será que Charles Taze Russell era racista?


Será que Charles Taze Russell era racista?


       
Muitos sites, blogs, redes sociais e vídeos têm disseminado a ideia de que o Pastor Charles Taze Russell, era racista. Os argumentos para tal frequentemente se baseiam em citações extraídas de publicações antigas. Muitas vezes o que se têm é uma composição de várias frases isoladas de seu contexto, que podem dar a impressão de que isso é verdade.
Para rebater tais acusações falsas apresentaremos aqui todas as frases em seu contexto original, bem como muitas outras citações em que o Irmão Russell apresenta a raça negra num contexto igualitário, digno do pensamento cristão.

Vamos à primeira afirmação:

“Deus…tem especialmente abençoado e favorecido certos ramos da raça ariana na Europa e na América… A Igreja eleita será… composta principalmente da altamente favorecida raça branca.”

Estas frases encontram-se na publicação “THE BIBLE VERSUS THE EVOLUTION THEORY.
–A LIVE TOPIC DISCUSSED BY TRAVELING MINISTERS” (A Bíblia Versus a Teoria da Evolução — Um Tópico Vibrante Discutido Por Ministros Numa Viagem”), de 1898.

            Nessa publicação encontramos uma conversa imaginária entre dois ministros religiosos durante uma viagem de trem, o “Ministro Alfa”, um presbiteriano que acreditava na evolução e o “Ministro Beta”, um Estudante da Bíblia que procurava refutar isso.

A certa altura da conversa o “Ministro Beta” começa a falar sobre a doutrina da eleição e o “Ministro Alfa” confessa que os presbiterianos não estão mais pregando essa doutrina tão amplamente como antes. Daí o “Ministro Beta” diz que entende a situação, principalmente quando se pensa que, a princípio, se existem os eleitos, devem existir os não eleitos, e a ideia de que tais não eleitos foram predestinados por Deus para a destruição é algo muito perturbador.
Nessa parte o “Ministro Beta” passa a apresentar o harmonioso ponto de vista da obra A Aurora do Milênio* sobre esse assunto. (*Posteriormente chamada de Estudos das Escrituras)

Ele diz que “Deus, durante a Era atual não está tentando abençoar o mundo inteiro, mas apenas certas partes deste mundo — não está tentando salvar o mundo inteiro, mas meramente selecionar, do mundo, uma Igreja, um “sacerdote real, uma nação santa, um povo peculiar.” Porém, continua explicando, “isso não quer dizer que todo o restante da humanidade que não for eleita durante a Era do Evangelho será condenada e atormentada para sempre”. Bem pelo contrário.”  

Em resposta, o “Ministro Alfa” tenta argumentar que não pode ser assim. Que não faz sentido Deus não estar tentando salvar o mundo inteiro agora. Ele cita como apoio o texto que diz que o Evangelho foi pregado “a toda criatura debaixo do céu”. Ele diz que se Deus não estivesse tentando salvar o mundo inteiro agora, mas apenas uma classe eleita, ele estaria fazendo “acepção de pessoas”.

É mais ou menos nesse ponto que o “Ministro Beta” apresenta sua refutação, provando que Deus tem lidado com certos grupos de pessoas, como os israelitas e outros. Mas isso não significa que ele rejeita INDIVÍDUOS de outros grupos, mesmo que não sejam dos grupos principais com os quais Deus está, na Era Evangélica, atuando.
Vejamos, quase na íntegra, o argumento do “Ministro Beta”:

B.– Observemos esse ponto. Exporei os argumentos de A AURORA DO MILÊNIO sobre esse assunto, e depois você me diz se eles resolvem o problema de modo pleno, amplo e satisfatório.

Eu chamo sua atenção para o fato de que a luz do Evangelho surgiu na Palestina, que fica na junção, podemos dizer, de três continentes — Europa, Ásia e África. Teria sido mais perto se o Evangelho fosse pregado para o sul, em direção a África, aos milhões de pessoas sem conhecimento ali. Mas a África ainda está na escuridão, sendo apenas um pouco tocada pela luz da verdade nas suas fronteiras ao norte. Também teria sido mais perto se a luz do Evangelho tivesse sido enviada em direção ao Oriente, para as centenas de milhões na Índia ou para a China e suas centenas de milhões de pessoas. Mas a Índia e a China têm estado  em escuridão por dezoito séculos, excetuando-se alguns flashes da luz da verdade que os alcançou. A Europa ficava mais distante, mas para a Europa, e da Europa para a América, o Senhor se agradou de enviar a luz do Evangelho, “Uma luz para iluminar os gentios”.

O oposto, porém, conforme registrado em algumas palavras registradas em Atos dos Apóstolos (16:6, 7) relacionadas com a missão do grande Apóstolo aos gentios, S. Paulo, mostram-nos inquestionavelmente que o envio do Evangelho à Europa foi um ato Divino intencional — predestinação — escolha e eleição.   

(…)

Agora me diga, será que esses fatos não provam que a providência divina tem muito que ver com o progresso e a direção do candelabro da verdade? Não seriam eles uma manifestação de eleição divina ou seleção? Veja bem, estou seguindo a hipótese apresentada em A AURORA DO MILÊNIO, de que os não eleitos e os não iluminados estão similar e proporcionalmente não condenados. Não estou alegando com isso que Deus talvez faça acepção de pessoas. É algo bem diferente que Deus talvez faça acepções de raças, ou melhor, aparentemente tem feito acepções de raças, e tem especialmente abençoado e favorecido certos ramos da raça ariana na Europa e na América. Mas o fato de que a raça branca tem sido mais abundantemente abençoada COM A LUZ DO EVANGELHO (ênfase minha) do que outras não quer dizer que quando membros de outras raças ouviram e apreciaram o Evangelho eles foram repelidos ou rejeitados pelo Senhor. Esse conceito está em plena harmonia de que Deus não faz acepção de pessoas, mas que “lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo”. Em harmonia com isso, o autor de A AURORA DO MILÊNIO sustenta que, ao passo que a Igreja eleita será PROVAVELMENTE (ênfase minha) composta principalmente da altamente favorecida raça branca, no entanto, ela provavelmente incluirá representantes de “todas as nações, e tribos, e povos”.

Quando consideramos o contexto, observamos que:

* Russell jamais se referiu denegridamente ou de modo racista a qualquer etnia em particular.
* Russell atesta o fato que a raça branca (ariana) tem recebido o favor de Deus, mas jamais afirma que essa raça é superior às outras.
* Diz que a Igreja será composta de representantes de “todas as nações, e tribos, e povos”.
* Afirma que “Deus não faz acepção de pessoas”.
Vemos, portanto, que o ponto em questão era simplesmente provar que Deus lidava com certos grupos em particular, como o povo judeu, mas sempre aceitou indivíduos de outras raças ou etnias.
É importante lembrar também que no ano em que esse texto foi produzido, 1898, o termo “ariano” não carregava as conotações racistas posteriormente atribuídas pelo horror do nazismo.