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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Pedofilia - Testemunhas de Jeová

Qual a política de combate à pedofilia que as Testemunhas de Jeová usam?

O que você pensaria de alguém que hoje, fazendo parte de uma religião cristã, cometesse assassinato e adultério? Será que essa poderia se arrepender, Deus o perdoaria? Que dizer se alguém fizesse altares a deuses falsos, prestasse adoração ao “exército dos céus”, queimasse os seus filhos no fogo e ainda promovesse práticas espíritas, ainda haveria perdão para uma pessoa assim? Realmente tais práticas são absurdas, mais essas coisas aconteceram e são descritas na Bíblia. O primeiro exemplo diz respeito ao caso de um conhecido personagem bíblico, Davi. (2 Sam. 11:1-4; 2 Sam. 11:12-17) O segundo exemplo tratasse do caso de Manassés. (2 Crô. 33:1-6) Em ambos os casos, Jeová Deus concedeu-os misericórdia e mesmo tendo que pagar um preço por tais ações, esses homens foram perdoados por Deus. (Sal 32:5; Sal. 51:17; 2 Crô. 33:12, 13) Para que Deus os perdoasse, foi necessário que esses homens se arrependessem e não mais praticassem os erros cometidos. Poucos dos atuais servos de Deus precisarão algum dia pedir perdão por pecados tão graves como os de Davi e de Manassés. Mas o fato de que Jeová perdoou esses dois reis nos ajuda a ver que o nosso Deus está disposto a perdoar até mesmo pecados crassos, se o pecador se arrepender genuinamente. Mas, o que alguém que cometeu um pecado grave deve fazer para ser restabelecido espiritualmente? Independente do quão grave foi o pecado, a pessoa que o cometeu prejudicou sua relação com seu próximo e com Deus. Por isso, ela talvez se sinta perturbada e ansiosa. Isso acontece por causa da faculdade da consciência, que nosso Criador nos deu. (Romanos 2:14, 15) O que pode ser feito? O livro de Tiago diz: “Há alguém [espiritualmente] doente entre vós? Chame a si os anciãos da congregação, e orem sobre ele, untando-o com óleo em nome de Jeová. E a oração de fé fará que o indisposto fique bom, e Jeová o levantará. Também, se ele tiver cometido pecados, ser-lhe-á isso perdoado.” — Tiago 5:14, 15. A palavra “ancião” refere-se aos homens mais maduros que têm a responsabilidade de cuidar das necessidades do rebanho. Isso se dá não apenas por ouvir uma confissão, mas é preciso fazer algo para que “o indisposto fique bom”, visto que se trata de uma doença espiritual. Nesse aspecto, surgem algumas perguntas: alguém que confessa um pecado a um desses anciãos, mediante a Bíblia, esse pecado deveria ser sabido por outros membros da congregação ou até outras pessoas, ou deveria ser mantido em sigilo? O que a Bíblia diz a respeito? Será que a Bíblia diz que outros deveriam ficar sabendo dos pecados, por exemplo: roubo, adultério, relações sexuais fora do casamento, homossexualismo, bebedeiras, uso de drogas, etc., que alguém cometeu? Vejamos o que relata A Sentinela:

“Em cada congregação das testemunhas de Jeová há ministros maduros designados a cuidar dos diversos deveres. (1 Tim. 3:2, 12) No desincumbimento dos seus deveres, eles muitas vezes são informados de assuntos confidenciais, e é essencial que respeitem esta confidência. Por exemplo, Tiago 5:13-16 mostra que o membro da congregação, que tiver um problema espiritual, tendo talvez até mesmo cometido um pecado, deve dirigir-se aos homens espiritualmente mais maduros em busca de ajuda. Isaías 32:2 representa profeticamente estes homens como lugares de consolo e proteção. Quão bom é quando se podem explicar os problemas a alguém e obter ajuda espiritual equilibrada, e ao mesmo tempo se pode ter plena confiança de que o assunto não se tornará do conhecimento geral da congregação ou da comunidade.
Estes ministros maduros não considerarão nem mesmo com a esposa e os amigos íntimos as coisas que assim ficam sabendo em confiança. Sabem que, se fizessem isso, minariam o respeito pela sua posição; tornaria os outros hesitantes quanto a recorrerem a eles; sim, com o tempo talvez até mesmo torne impossível que desempenhem seu papel como pastores espirituais. Outro motivo pelo qual guardam confidências é evitar sobrecarregar outros. Por exemplo, se o homem contasse à sua esposa alguns assuntos confidenciais relacionados com os seus deveres ministeriais, ela sofre pressão para mantê-los confidenciais. É isso justo para com o ‘vaso mais fraco’? (1 Ped. 3:7) Mesmo que ela num momento de fraqueza pergunte, por curiosidade, ao seu marido o que aconteceu ou por que ele falou com certa pessoa, o proceder amoroso e correto da parte dele é dizer-lhe que se trata dum assunto confidencial da congregação. Assim ela não terá de levar um desnecessário fardo mental. E se alguém lhe perguntar sobre o assunto, poderá dizer honestamente que nada sabe sobre os pormenores.
Todos na congregação devem cooperar com os servos designados por não tentarem saber os pormenores de tais assuntos confidenciais. Pode haver ocasiões em que o ministro presidente anuncia à congregação que seus representantes tiveram de expulsar um pecador impenitente ou que tiveram de aplicar forte disciplina a alguém por sua conduta não cristã. Os membros da congregação são informados para que possam evitar completamente tal pessoa ou ter cuidado na sua presença, conforme seja o caso. (1 Cor. 5:11-13; 2 Tes. 3:14, 15) Mas não devem procurar descobrir todos os pormenores. Estes são confidenciais e devem ser mantidos assim.
Quão gratos podemos ser de que Jeová proveu na sua Palavra o conselho perfeito sobre este assunto vital. Por exemplo, ele mandou registrar o provérbio: ‘Quem anda em volta como caluniador está revelando palestra confidencial, mas quem é fiel no espírito encobre o assunto.’ (Pro. 11:13) Ele bem sabia que era uma falha comum da natureza imperfeita dos homens falar sobre assuntos confidenciais que devem ser guardados como tais. Mas, por trazer isto à nossa atenção, ele ajuda a todos os que querem agradar a Ele a dirigir seus passos de modo a estimularem a paz, a amizade e a união.” (1/10/1971 pp. 606-7)

Entendendo o contexto bíblico, fica mais fácil perceber as mentiras que os opositores tentam passar para dar a impressão que as Testemunhas de Jeová acobertam os casos de pedofilia. As igrejas da cristandade estão repletas de casos assim, o que temos de analisar é como as religiões tratam desses casos. É importante lembrarmos que as Testemunhas de Jeová já somam cerca de 8 milhões de membros no mundo inteiro. Consequentemente, surgem casos de abusos de menores por determinados membros, porém se comparado com as igrejas protestantes ou mesmo a igreja católica, perceberemos uma grande diferença, não só na quantidade de abusos, mas na maneira como é tratado o assunto.

Recentemente a igreja católica tem sido muito exposta na sua forma como lida com casos de pedofilia. Por exemplo, no ano de 2006 foi exposto em um relatório da igreja americana, a comprovação que em todo o país cerca de 4 mil padres foram acusados de abusos sexuais contra 10 mil jovens, na maioria meninos. No documento secreto interno da igreja, que instrui bispos como lidar com acusações de abusos sexuais cometidos por padres em suas paróquias.

O texto impõe um juramento, em que a vítima, o acusado e eventuais testemunhas se comprometem a manter sigilo absoluto sobre o caso. A quebra do juramento levaria à excomunhão. Veja o documento: http://news.bbc.co.uk/2/shared/bsp/hi/pdfs/28_09_06_Crimen_english.pdf

O documento Crimen Sollicitationis (latim para Crime da Solicitação) foi escrito em 1962 em latim e distribuído a bispos do mundo inteiro, com a recomendação de que fosse guardado a sete chaves. Poucas pessoas de fora da igreja tiveram acesso a este documento.
As igrejas evangélicas também não ficam atrás, pois há inúmeros casos nas mais diversas denominações.
No entanto, há uma diferença, por exemplo, de como a igreja católica trata desses casos e as Testemunhas de Jeová (não iremos falar nas centenas de igrejas evangélicas existentes no mundo, pois em cada uma há regras particularmente próprias). Os padres ou bispos que eram descobertos praticando a pedofilia, apenas eram transferidos de uma igreja para outra. Além do mais, a vítima era instada a não denunciar o caso, conforme vimos no texto e documento acima. Se houver algum caso de pedofilia por parte de um membro das TJ, essa pessoa é expulsa. Mas, vimos que mesmo os pecados graves, Deus perdoou, de servos do passado. Será que hoje Deus perdoaria um pedófilo, será que um pedófilo pode se arrepender? Com certeza que sim, desde que seja um arrependimento genuíno e que abandone seu mau proceder. Porém, em casos como estes, esse indivíduo não tem mais certos privilégios na congregação cristã, como por exemplo, ser um ancião. Existem relatórios sobre a pessoa, que são confidenciais, que mesmo que ela vá para outra congregação em outra cidade, os anciãos, somente eles, tomam nota da situação. Realmente só Deus sabe o quanto tal pessoa se arrependeu ou o quanto está recuperada de tamanho ato repugnante. Mas para proteger a congregação, tomam-se cuidados para que pessoas assim não fiquem a sós com crianças ou algo parecido. Será que a Bíblia diz que em casos como esses a congregação inteira deveria saber sobre os atos que a uma pessoa cometeu no passado? Vimos através de textos bíblicos que não.

As Testemunhas de Jeová abominam a pedofilia, A sentinela descreve assim os atos de pedofilia:

“Quem de fato abusa sexualmente de uma criança é um estuprador e deve ser encarado assim. A vítima desse tipo de abuso tem o direito de denunciar o molestador.” (A Sentinela 1/11/1995 p. 27)

As Testemunhas de Jeová não tentam “encobrir” casos como esses, como afirmam os opositores das TJ, pois a vítima tem todo o direito de denunciar a polícia. Nenhum ancião deve dizer à vítima que ela não pode fazer uma denúncia. Cabe à vítima, no caso de um menor, a família, apresentar as provas. Será que um pedófilo não arrependido iria confessar a um ancião que cometeu um ato desses? Lógico que não. Se ele confessar, entende-se que realmente deve estar arrependido. Nesse caso, se a vítima tentar denunciar a polícia, será que o culpado iria negar, se realmente estivesse arrependido? Não, pois ele saberia que teria que pagar pelos seus erros, assim como os personagens bíblicos pagaram, mesmo tendo se arrependido.
Se uma vítima acusa alguém e o acusado nega, a vítima, como em qualquer tribunal humano tem de mostrar as provas. (Deut 19:15; João 8:17) Os anciãos não são peritos em crimes, portanto, quem estaria apto a investigar um crime como esse seria a polícia. Para a justiça confirmar um crime assim é preciso dispor de provas, seja, testemunhas, exames, gravações, etc.. Se as provas aparecerem, obviamente serão levadas em conta na congregação cristã.

Em um livro restrito apenas aos anciãos congregacionais tem a seguinte admoestação:

“Abuso de menores é crime. Nunca sugiram a uma pessoa que deixe de denunciar um suposto caso de abuso de menores a polícia ou a outras autoridades. Se lhe perguntarem, deixe claro que fazer isso e uma decisão pessoal e que não há sanções congregacionais, seja qual for a decisão. Os anciãos não devem criticar alguém que faz esse tipo de denúncia às autoridades. Se a vitima desejar fazer uma denúncia, ela tem todo o direito de fazer isso. - Gal.6:5.” (KS 2010 p. 132)

Mesmo em casos que houve denúncias, sejam elas quais forem, e não houve provas, ainda assim, existem pormenores que são considerados e cuidados que são levados em conta.
A “política” que há nas congregações das Testemunhas de Jeová em relação a casos de pedofilia visa defender as crianças e combater tal prática, ao contrário do que algumas pessoas tentam afirmar para denegrir a imagem das Testemunhas de Jeová. O número de casos se comparados com o das igrejas da cristandade torna-se irrisório, não por que tenha acobertado casos, mas por que tem combatido tal prática. 


4 comentários:

  1. Olá!

    “Abuso de menores é crime. Nunca sugiram a uma pessoa que deixe de denunciar um suposto caso de abuso de menores a polícia ou a outras autoridades. Se lhe perguntarem, deixe claro que fazer isso e uma decisão pessoal e que não há sanções congregacionais, seja qual for a decisão. Os anciãos não devem criticar alguém que faz esse tipo de denúncia às autoridades. Se a vitima desejar fazer uma denúncia, ela tem todo o direito de fazer isso. - Gal.6:5.” (KS 2010 p. 132)

    Já basta. Os apóstatas difamadores já podem se enterrar depois dessa.

    Vitor


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  2. E mesmo que as testemunhas mostrem na bíblia que é errado a pedofilia muitas pessoas ensistem em acreditar no homem do que na palavra de Deus. "Maldito homem que confia no homem "

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  3. Necessito um estudo bíblico, sem publicações da watchtower.

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    1. Por que o preconceito sobre as publicações das TJ? Qualquer pessoa, repórteres, apresentadores, advogados, professores, etc., usam um esboço para o assunto a ser falado. As publicações servem para auxiliar o entendimento da Bíblia.

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