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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Caso Malauí/México

Perguntas Respondidas






















Algumas acusações frequentemente utilizadas pelos opositores, diz respeito ao caso Malauí e o México. Segundo eles, as Testemunhas de Jeová no Malauí (África) sofreram uma grande perseguição a mando do governo por se recusarem obter um cartão do partido político, enquanto no México os irmãos estavam subornando autoridade militares para receberem isenção militar, tudo isso com o consentimento da Watchtower.  Mas, quais são realmente os fatos? Vejamos.

A Sociedade Torre de Vigia é registrada no México como religião desde 1930, foi registrada como Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia. Em 1932, mudou o nome para Sociedade Torre de Vigia. A declaração da Sociedade dizia:
"Não se envolver na política. Nós acreditamos que Jeová é o criador do céu e da terra, e que a Bíblia é a Palavra que revela Seus propósitos para a raça humana. Será estabelecido o Seu  governo e autoridade sobre a terra sob a direção do Senhor Jesus Cristo, e nós já estamos no tempo do estabelecimento do Seu governo, que será para a felicidade de todos os povos da terra”.

E o governo mexicano aprovou dizendo:
"Esta secretaria autoriza a operação que foi solicitada pela Associação Internacional dos Estudantes das Bíblia (International Bible Students Association), desde que a associação não viole o que é decretado em leis que regulam a matéria de culto religioso e disciplina externa ..."

O governo mexicano estava sempre ciente de que a Sociedade foi registrada como uma associação religiosa. Embora seja verdade que as religiões não poderiam possuir propriedades, esse não foi o único problema para as testemunhas. O artigo 24 da Constituição Federal do México afirmou:
"Todo ato religioso de adoração pública deve ser realizada dentro de locais de culto público ..."
Isto significava que pregar de porta em porta era ilegal, também, realizar  reuniões de adoração em locais públicos seria ilegal. Diante dessa posição do governo mexicano a sociedade teve que tomar medidas na década de 1940 para pregar e fazer reuniões onde até os cânticos eram entoados, a sociedade utilizou meios legais dentro das leis mexicanas. Ela se registrou como uma “sociedade educativa”. Desse modo poderia pregar publicamente, mas sem portar uma Bíblia. Eles usaram uma lei mexicana que lhes permitiu operar como uma organização cultural e educacional. Portanto, em 10 de junho de 1943 foi solicitada a secretaria de relações exteriores que a Torre de Vigia fosse registrada como entidade civil, e foi aprovado em 15 de junho de 1943. Os Salões do Reino passaram a se chamar Salas de Estudos Culturais. Não havia orações em voz alta, embora ninguém poderia evitar alguém orar em silêncio, de modo individual. — São ou não são as nossas reuniões educativas? Sim, elas são. Na verdade, asTJ no México têm ensinado milhares de pessoas a ler e escrever.
— As Congregações foram chamadas de "companhias" e os publicadores de "editores". A pregação do Reino continuou com mais zelo, sem o uso da Bíblia nas portas, os irmãos estavam a aprender de cor os textos. Os estudos bíblicos eram “estudos culturais”.
Esses exemplos são importantes para que percebamos a capacidade da Sociedade Torre de Vigia de contornar as proibições, mas sem violar a constituição de um país. Interessante é que desde 1930 as pessoas conheciam as intenções da Sociedade. No entanto, aceitaram que a Torre de Vigia podia agir dessa maneira dentro das leis do país.
Todos que tentam comparar a situação do México com Malauí agem maliciosamente, pois as situações não têm nada em comum, são situações completamente diferentes.
O líder apóstata Franz, em seu livro, faz tais acusações como as descritas no início desse texto. As TJ não obedecem, nem respeitam leis contrárias as leis de jeová.
E não precisamos de qualquer autorização da Torre de Vigia para não obedecer a uma lei que é contra as Escrituras. Era ilegal não obedecer a Lei de Nabudonosor, e os três hebreus desobedeceram, pois eram contrárias as leis de Jeová.

Nesses anos citados, o México não reconhecia a objeção de consciência. Os irmãos tinham razão legítima para não participar no serviço militar obrigatório. Mas era impossível não participar sem infringir a lei.
Em qualquer lugar na terra as Testemunhas de Jeová não obedecem as leis humanas, caso elas sejam contras as leis de Deus.  “Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens”. (atos 4:29)
No México os jovens que completam 18 anos de idade devem se alistar no exército, essa é a lei. Mas note que, nessa idade começa a ser o primeiro ano de serviço militar, SE NECESSÁRIO. Nem todos os jovens inscritos são chamados. Todos os anos, um milhão de pessoas são registradas para o serviço militar obrigatório. A maioria não é recrutada. Apenas, cerca de 40 mil vão “trabalhar” nos fins de semana durante um ano. No final recebem seu Cartão Nacional de Identificação e se tornam militares da primeira reserva. Nesta folha de papel anexado a Liberação (Liberacion).

Os apóstatas escondem informações muito importantes.
Por exemplo, 96% dos inscritos não são recrutados para o exército. A maioria se exime do serviço militar e recebem um cartão de identificação militar (TIM), passando à primeira reserva. Esta posição não requer treinamento militar. Cumprido o serviço militar através da disponibilidade. Outra coisa que os apóstatas escondem é que existem outras maneiras de obter uma isenção. Por exemplo, quem  vive mais de 20 km do local de treinamento militar, estes beneficiam-se de uma isenção militar. Também é possível por razões médicas, ou por viver no exterior.

Isso significa estar na primeira reserva?
Apóstatas dizem que é como estar no próprio exército. Mas, se assim fosse, como explicar que o exército se compõe em 200 mil soldados e 400 mil reservistas e ao mesmo tempo mais ou menos 1 milhão de homens são registrados anualmente? Então não deveria ter milhões de homens na primeira reserva? Não é isso que acontece.
Isso ocorre devido as pessoas que entram na primeira reserva: os que estão isentos e os que foram recrutados por um ano, e NÃO NO EXÉRCITO. Estão na primeira reserva porque seriam os primeiros recrutados pelo exército em caso de mobilização. Reserva Militar no México, com 400 mil homens é muito diferente de "primeira reserva”, com 20 milhões aptos para o serviço militar com identidade militar emitida. São considerados profissionais militares aqueles que  optam por permanecer no exército após a conclusão do ano de treinamento nas Forças Armadas. As Testemunhas de Jeová inscritas na primeira reserva são consideradas civis.

A acusação apresentada contra cristãos Testemunhas de Jeová é que muitos, se não todos, pagaram um suborno a determinados funcionários, para justificar que haviam passado nos treinamentos militares, e com isso obtinham a TIM e a ” liberação”.
E este não é o caso, como vimos, a maioria dos irmãos são legalmente isentos de treinamento militar dentro das leis mexicanas.

De acordo com o anuário de 2014, 1 em cada 152 pessoas no México são cristãos Testemunhas de Jeová. Evidentemente, entre 1960 e 1979, a proporção era ainda menor. Se em um ano, um milhão de homens são registrados, que faz cerca de 5.000 cristãos entre eles. Vimos que 96% recebem uma isenção. Isso nos leva, (vamos colocar) cerca de 200 testemunhas em um ano que são recrutadas, realmente obrigadas a prestarem serviço necessários para fazer o serviço militar. É então quando esse jovens devem tomar uma decisão.
 Mas nós somos mais rigorosos com os números. Em 1970, a proporção de testemunhas foi de 1 por 1500 habitantes. A população do México era bem menos que agora, o que faz com que 500 mil homens fossem obrigados a se registrarem. Desses, apenas 333 eram cristãos Testemunhas de Jeová, e considerando-se que apenas 4% seriam recrutados, vemos que apenas 13 homens cristãos foram convocados para o exército, se não obtivessem isenção por outras razões.

As estatísticas do apóstata Franz dizendo que as Testemunhas de Jeová no México enganaram o governo, quase inteiramente são falsas. A maior parte das TJ não recebem a carta militar subornando os funcionários.  A maioria recebe uma carta que os deixam isentos do serviço militar, como acontece com 90% dos mexicanos, não somente as TJ.
Os jovens mexicanos deviam tomar a decisão ao serem recrutados, de obedecerem a Deus como governante antes que aos homens. Se eles se recusassem a se registrar cometeriam uma ilegalidade. Na verdade, a lei neste país diz claramente que todos os mexicanos que têm relações profissionais são obrigados  a prestarem serviços militares.
Jovens cristãos também poderiam optar por pagar e obter um carimbo oficial em sua carta militar e assim demonstrar que eles tinham concluído a obrigação militar. Tecnicamente falando, isso é ilegal, mas apenas os mexicanos entendem que é uma prática que acontece.
As Testemunhas de Jeová deviam optar por uma das duas formas de ilegalidade para obedecer a Jeová como governante, não prestando serviço militar. E isso é o que você pode ler nas cartas da Torre de Vigia que responderam ao assunto.
Apóstatas torcem a explicação do assunto dizendo que ao “pagar” eles escolheram a pertencer ao exército, quando é exatamente o oposto. Pagavam para serem dispensados do serviço militar.
As acusações do Sr. Franz, foram exageradas ao dizer que "é costume entre os irmãos", em 1960, comprar o cartão, quando vimos que apenas uns 10-13 irmãos foram recrutados.
No México, havia uma opção para se recusar em cumprir o serviço militar. Os irmãos pretendiam obedecer a Jeová. Os irmãos em Malauí tinham opção? Não. E o que dizer de outros países que exigem o recrutamento e os irmãos acabam na prisão? Os irmãos têm outra opção? Não. Muitas testemunhas têm a sorte de ter uma outra opção de escolher, usando as suas consciências, sem a intervenção da Torre de Vigia.  O fato de o governo mandar as testemunhas de Jeová irem para o exército e elas se recusarem, já era uma ilegalidade, era a lei do país. O "pagar pela liberação" significava que as poucas testemunhas de Jeová que eram obrigadas a irem para o exército, pagavam para serem liberadas dessa obrigação. Devemos entender que poucas foram as TJ que compraram a liberação, pois caso contrário, estariam ilegais, porém ao agirem dessa maneira, elas não mantiveram um acordo com o exército, nem assinaram alguma coisa que declarasse sua falta de neutralidade, apenas pagavam para que expedissem sua “liberação”. Diferentemente foi o caso de Malaui, pois aceitar o cartão político seria o mesmo que afiliar-se a um partido, tomar posição, assinariam algo que qualquer leitor diria: essa pessoa pertence a este partido político. Nesse caso, não era apenas burlar a lei, desobedecer, comprar uma liberação, mas ter posse de um cartão, afiliando-se a ele. Devemos entender quando a Bíblia diz: “Se tivésseis entendido o que significa: ‘Misericórdia quero, e não sacrifício’, não teríeis condenado os inocentes.” (Mateus 12:7) A oposição às testemunhas de Jeová é tão forte que podem até usarem o próprio texto bíblico citado para argumentarem que havia uma base bíblica para que as TJ no Malaui se associassem à politica e obtivessem os cartões do partido político. Em breve tais pessoas terão que "ir para fora". 

Lá fora estão os cães e os que praticam o espiritismo, e os fornicadores, e os assassinos, e os idólatras, e todo aquele que gosta da mentira e a pratica. ─ Revelação 22:15.


11 comentários:

  1. Salmo 35;16; " Entre os caçoadores que " APOSTATARAM ", por um bolo. Foi contra mim que houve o ranger dos seus dentes." Não devemos dar margem ao " diabo", e aos apóstatas, pois usam de " MENTIRAS", e " MEIAS VERDADES" , são filhos do seu pai o " DIABO", ( João 8;44). Excelente artigo, boa explanação!

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  2. Atos 20:30: “Dentre vós mesmos surgirão homens e falarão coisas deturpadas, para atrair a si os discípulos.”

    As atitudes como as do apóstata Franz só fazem com que se cumpra as verdades das Sagradas Escrituras.

    Abraços.

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  3. O cartão sobre o qual falam de Malauí era uma forma de associação com a política. Realmente o caso do México é diferente. Gostei do artigo.

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  4. Muito bom. Estes apostatas tentam de todo jeito enganar o povo de Deus. Ainda bem que Jeová nos tem alertado sobre as armadilhas que eles sutilmente lançam.

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  5. Isso nos mostra que os apóstatas não merecem nem pouco de confiança, pois eles são mentirosos e falam meias verdades.

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  6. a intenção muito boa irmão mais acusação de raymond fraz e sobre o cartido do partido politico do malaui, e não sobre serviço militar, e outra coisa no méxico as congregações eram chamadas de companhias e não empresas, acho que deveria revisar o texto irmão, vc já leu os livros de raymond franz? a acusação dele é diferente.

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  7. Caro anônimo, obrigado por indicar uma troca de palavras aqui no texto. Realmente a acusação dos opositores era é em relação um cartão de partido político e não "serviço militar" (estas palavras foram corrigidas) versus serviço militar no México. Portanto, com as mudanças das palavras o texto remete literalmente sobre a acusação que Raymond Franz fez. Isso ocorreu devido ao tempo e a quantidade de informações e leituras que são necessárias para que o blog traga mais informações, mas como bem afirmamos, estamos sujeitos a erros e desde já agradecemos as ajudas dos leitores.

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  8. de nada irmão, por favor irmão pode citar alguma outra meia-verdade dita por raymond franz, ou acusação falsa.

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    1. Infelizmente em tempos de outrora já lemos os livros do, já morto, Raymond. O seu legado foi apenas as suas mentiras. As mentiras levantadas por Satanás e seus filhos são tremendas. Esse blog visa responder algumas indagações de alguns leitores que se confrontaram com mentiras levantadas por opositores, porém, não iremos responder a todas as perguntas dos leitores, pois o mesmo serve como ajuda, não como substituição dos estudos que cada pessoa deve fazer. Além disso, se formos fazer uma resenha do livro de Raymond estaríamos indiretamente divulgando suas falácias. Bom seria se as pessoas não lessem materiais como esses que são enganadores, mas uma vez lido, talvez a pessoa tenha se contaminado e tenha sofrido os efeitos das mentiras levantadas por tais enganadores, podem surgir questionamentos. É nessa parte que o blog reúne informações contra essas mentiras. É importante refletirmos que se encontramos mentiras nas afirmações desses opositores, então eles não merecem nenhuma credibilidade, pois se foram capazes de levantarem propositalmente meias verdades, mentiras, calúnias, etc., desse modo não há o porquê tentarmos saber quantas mentiras um site, um escritor, seja lá quem for, fez. Alguém que sabemos que mentiu de propósito, por acaso acreditaríamos em outras afirmações que tal indivíduo pronunciou? Merece confiança? Com certeza não.

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    2. "As Testemunhas de Jeová deviam optar por uma das duas formas de ilegalidade para obedecer a Jeová como governante, não prestando serviço militar"

      Texto estranho. Quer dizer que no México á época, as Testemunhas mexicanas, com o aval de Booklyn, tinha que escolher uma ou outra ILEGALIDADE para não prestar serviço militar? E se não escolhessem nenhuma forma de ILEGALIDADE? Ficariam presos por alguns anos ou algo assim? O que agradadaria mais a Deus? Ficar preso por motivo de consciência e NÂO SERVIR ao exército ouescolher uma ou outro "Jeitinho mexicano"?

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    3. Acho que você não entendeu o texto, caro leitor. O fato de o governo mandar as TJ irem para o exército e elas se recusarem, já era uma ilegalidade, era a lei país. O “pagar pela liberação” significa que as poucas TJ que eram obrigadas a irem para o exército, pagavam para serem liberadas dessa obrigação. No tempo de Hitler milhares de TJ morreram por não o saudarem e nem irem para o exército, porém davam-lhes a oportunidade de assinarem um papel individualmente onde se dizia que aquela pessoa não adorava mais a Jeová e não era mais a sua testemunha. A grande maioria não assinou e morreu por causa disso. Imaginemos que na época elas tivessem a oportunidade de pagarem para alguns oficiais para que fossem liberadas de irem para o exército, sem que as comprometessem em alguma ação ou algo escrito contra sua neutralidade ou adoração a Jeová. Ainda que essa maneira fosse algo ilegal, será que elas teriam que morrer ao invés de pagarem para não fazerem o que desagrada a Jeová? Essa infração da lei não era como uma infração de trânsito em que todos os cidadãos são obrigados a obedecer e que não se choca com as leis de Deus. Devemos entender que poucas foram as TJ que compraram a liberação, pois caso contrário, estariam ilegais, porém ao agirem dessa maneira, elas não mantiveram um acordo com o exército, nem assinaram alguma coisa que declarasse sua falta de neutralidade, apenas pagavam para que expedissem sua “liberação”. Diferentemente foi o caso de Malaui, pois aceitar o cartão político seria o mesmo que afiliar-se a um partido, tomar posição, assinariam algo que qualquer leitor diria: essa pessoa pertence a este partido político. Nesse caso, não era apenas burlar a lei, desobedecer, comprar uma liberação, mas ter posse de um cartão, afiliando-se a ele.
      O pior é que nem posso colocar os apóstatas na categoria de fariseus, pois caso fossem, eu perceberia que eles ainda não entenderam esse texto: “Se tivésseis entendido o que significa: ‘Misericórdia quero, e não sacrifício’, não teríeis condenado os inocentes.” (Mateus 12:7) Ainda mais, é bem capaz de usarem o próprio texto bíblico citado para argumentarem que havia uma base bíblica para as TJ no Malaui terem se associado à politica e terem obtido os cartões do partido político.

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