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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
25 de Janeiro
É sempre bom recermos surpresas, na organização as surpresas visam trazer melhoramento, porém é bom ficarmos com as ansiedades sobre tais acontecimentos. Não irei relatar, mas atentem para o dia 25 de janeiro.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Caso Malauí/México
Perguntas Respondidas
Algumas acusações frequentemente utilizadas pelos opositores, diz respeito ao caso
Malauí e o México. Segundo eles, as Testemunhas de Jeová no Malauí (África)
sofreram uma grande perseguição a mando do governo por se recusarem obter um cartão do partido político, enquanto no México os irmãos estavam subornando autoridade
militares para receberem isenção militar, tudo isso com o consentimento da
Watchtower. Mas, quais são realmente os
fatos? Vejamos.
A Sociedade Torre de Vigia é registrada no México como religião
desde 1930, foi registrada como Associação Internacional dos Estudantes da
Bíblia. Em 1932, mudou o nome para Sociedade Torre de Vigia. A declaração da
Sociedade dizia:
"Não se envolver na política. Nós acreditamos que Jeová é o
criador do céu e da terra, e que a Bíblia é a Palavra que revela Seus
propósitos para a raça humana. Será estabelecido o Seu governo e autoridade sobre a terra sob a
direção do Senhor Jesus Cristo, e nós já estamos no tempo do estabelecimento do Seu governo, que será para a felicidade de todos os povos da terra”.
E o governo mexicano aprovou dizendo:
"Esta secretaria autoriza a operação que foi solicitada pela
Associação Internacional dos Estudantes das Bíblia (International Bible
Students Association), desde que a associação não viole o que é decretado em
leis que regulam a matéria de culto religioso e disciplina externa ..."
O governo mexicano estava sempre ciente de que a Sociedade foi
registrada como uma associação religiosa. Embora seja verdade que as religiões
não poderiam possuir propriedades, esse não foi o único problema para as testemunhas.
O artigo 24 da Constituição Federal do México afirmou:
"Todo ato religioso de adoração pública deve ser realizada dentro
de locais de culto público ..."
Isto significava que pregar de porta em porta era ilegal, também,
realizar reuniões de adoração em locais
públicos seria ilegal. Diante dessa posição do governo mexicano a sociedade
teve que tomar medidas na década de 1940 para pregar e fazer reuniões onde até
os cânticos eram entoados, a sociedade utilizou meios legais dentro das leis
mexicanas. Ela se registrou como uma “sociedade educativa”. Desse modo poderia
pregar publicamente, mas sem portar uma Bíblia. Eles usaram uma lei mexicana
que lhes permitiu operar como uma organização cultural e educacional. Portanto,
em 10 de junho de 1943 foi solicitada a secretaria de relações exteriores que
a Torre de Vigia fosse registrada como entidade civil, e foi aprovado em 15 de
junho de 1943. Os Salões do Reino passaram a se chamar Salas de Estudos Culturais. Não havia orações em voz alta, embora ninguém poderia evitar alguém
orar em silêncio, de modo individual. — São ou não são as nossas reuniões
educativas? Sim, elas são. Na verdade, asTJ no México têm ensinado milhares de
pessoas a ler e escrever.
— As Congregações foram chamadas de "companhias" e os publicadores
de "editores". A pregação do Reino continuou com mais zelo, sem o uso
da Bíblia nas portas, os irmãos estavam a aprender de cor os textos. Os estudos
bíblicos eram “estudos culturais”.
Esses exemplos são importantes para que percebamos a capacidade da
Sociedade Torre de Vigia de contornar as proibições, mas sem violar a
constituição de um país. Interessante é que desde 1930 as pessoas conheciam as
intenções da Sociedade. No entanto, aceitaram que a Torre de Vigia podia agir
dessa maneira dentro das leis do país.
Todos que tentam comparar a situação do México com Malauí agem
maliciosamente, pois as situações não têm nada em comum, são situações
completamente diferentes.
O líder apóstata Franz, em seu livro, faz tais acusações como as
descritas no início desse texto. As TJ não obedecem, nem respeitam leis
contrárias as leis de jeová.
E não precisamos de qualquer autorização da Torre de Vigia para não
obedecer a uma lei que é contra as Escrituras. Era ilegal não obedecer a Lei de
Nabudonosor, e os três hebreus desobedeceram, pois eram contrárias as leis de
Jeová.
Nesses anos citados, o México não reconhecia a objeção de consciência.
Os irmãos tinham razão legítima para não participar no serviço militar obrigatório.
Mas era impossível não participar sem infringir a lei.
Em qualquer lugar na terra as Testemunhas de Jeová não obedecem as
leis humanas, caso elas sejam contras as leis de Deus. “Temos de obedecer a Deus como governante
antes que aos homens”. (atos 4:29)
No México os jovens que completam 18 anos de idade devem se alistar no
exército, essa é a lei. Mas note que, nessa idade começa a ser o primeiro ano
de serviço militar, SE NECESSÁRIO. Nem todos os jovens inscritos são chamados.
Todos os anos, um milhão de pessoas são registradas para o serviço militar obrigatório.
A maioria não é recrutada. Apenas, cerca de 40 mil vão “trabalhar” nos fins de
semana durante um ano. No final recebem seu Cartão Nacional de Identificação e
se tornam militares da primeira reserva. Nesta folha de papel anexado a
Liberação (Liberacion).
Os apóstatas escondem informações muito importantes.
Por exemplo, 96% dos inscritos não são recrutados para o exército. A
maioria se exime do serviço militar e recebem um cartão de identificação
militar (TIM), passando à primeira reserva. Esta posição não requer treinamento
militar. Cumprido o serviço militar através da disponibilidade. Outra coisa que
os apóstatas escondem é que existem outras maneiras de obter uma isenção. Por
exemplo, quem vive mais de 20 km do
local de treinamento militar, estes beneficiam-se de uma isenção militar. Também
é possível por razões médicas, ou por viver no exterior.
Isso significa estar na primeira reserva?
Apóstatas dizem que é como estar no próprio exército. Mas, se assim
fosse, como explicar que o exército se compõe em 200 mil soldados e 400 mil
reservistas e ao mesmo tempo mais ou menos 1 milhão de homens são registrados
anualmente? Então não deveria ter milhões de homens na primeira reserva? Não é
isso que acontece.
Isso ocorre devido as pessoas que entram na primeira reserva: os que
estão isentos e os que foram recrutados por um ano, e NÃO NO EXÉRCITO. Estão na
primeira reserva porque seriam os primeiros recrutados pelo exército em caso de
mobilização. Reserva Militar no México, com 400 mil homens é muito diferente de "primeira reserva”, com 20 milhões aptos para o serviço militar com
identidade militar emitida. São considerados profissionais militares aqueles
que optam por permanecer no exército
após a conclusão do ano de treinamento nas Forças Armadas. As Testemunhas de
Jeová inscritas na primeira reserva são consideradas civis.
A acusação apresentada contra cristãos Testemunhas de Jeová é que
muitos, se não todos, pagaram um suborno a determinados funcionários, para justificar
que haviam passado nos treinamentos militares, e com isso obtinham a TIM e a ”
liberação”.
E este não é o caso, como vimos, a maioria dos irmãos são
legalmente isentos de treinamento militar dentro das leis mexicanas.
De acordo com o anuário de 2014, 1 em cada 152 pessoas no México são
cristãos Testemunhas de Jeová. Evidentemente, entre 1960 e 1979, a proporção
era ainda menor. Se em um ano, um milhão de homens são registrados, que faz
cerca de 5.000 cristãos entre eles. Vimos que 96% recebem uma isenção. Isso nos
leva, (vamos colocar) cerca de 200 testemunhas em um ano que são recrutadas,
realmente obrigadas a prestarem serviço necessários para fazer o serviço
militar. É então quando esse jovens devem tomar uma decisão.
Mas nós somos mais rigorosos
com os números. Em 1970, a proporção de testemunhas foi de 1 por 1500
habitantes. A população do México era bem menos que agora, o que faz com
que 500 mil homens fossem obrigados a se registrarem. Desses, apenas 333 eram cristãos
Testemunhas de Jeová, e considerando-se que apenas 4% seriam recrutados, vemos
que apenas 13 homens cristãos foram convocados para o exército, se não obtivessem
isenção por outras razões.
As estatísticas do apóstata Franz dizendo que as Testemunhas de Jeová
no México enganaram o governo, quase inteiramente são falsas. A maior parte das
TJ não recebem a carta militar subornando os funcionários. A maioria recebe uma carta que os deixam
isentos do serviço militar, como acontece com 90% dos mexicanos, não somente as
TJ.
Os jovens mexicanos deviam tomar a decisão ao serem recrutados, de
obedecerem a Deus como governante antes que aos homens. Se eles se recusassem a
se registrar cometeriam uma ilegalidade. Na verdade, a lei neste país diz claramente
que todos os mexicanos que têm relações profissionais são obrigados a prestarem serviços militares.
Jovens cristãos também poderiam optar por pagar e obter um carimbo
oficial em sua carta militar e assim demonstrar que eles tinham concluído a obrigação
militar. Tecnicamente falando, isso é ilegal, mas apenas os mexicanos entendem
que é uma prática que acontece.
As Testemunhas de Jeová deviam optar por uma das duas formas de
ilegalidade para obedecer a Jeová como governante, não prestando serviço
militar. E isso é o que você pode ler nas cartas da Torre de Vigia que
responderam ao assunto.
Apóstatas torcem a explicação do assunto dizendo que ao “pagar” eles
escolheram a pertencer ao exército, quando é exatamente o oposto. Pagavam para
serem dispensados do serviço militar.
As acusações do Sr. Franz, foram exageradas ao dizer que "é
costume entre os irmãos", em 1960, comprar o cartão, quando vimos que
apenas uns 10-13 irmãos foram recrutados.
No México, havia uma opção para se recusar em cumprir o serviço
militar. Os irmãos pretendiam obedecer a Jeová. Os irmãos em Malauí tinham
opção? Não. E o que dizer de outros países que exigem o recrutamento e os
irmãos acabam na prisão? Os irmãos têm outra opção? Não. Muitas testemunhas têm
a sorte de ter uma outra opção de escolher, usando as suas consciências, sem a
intervenção da Torre de Vigia. O fato de o governo mandar as testemunhas de Jeová irem para o exército e elas se recusarem, já era uma ilegalidade, era a lei do país. O "pagar pela liberação" significava que as poucas testemunhas de Jeová que eram obrigadas a irem para o exército, pagavam para serem liberadas dessa obrigação. Devemos entender que poucas
foram as TJ que compraram a liberação, pois caso contrário, estariam ilegais,
porém ao agirem dessa maneira, elas não mantiveram um acordo com o exército,
nem assinaram alguma coisa que declarasse sua falta de neutralidade, apenas
pagavam para que expedissem sua “liberação”. Diferentemente foi o caso de
Malaui, pois aceitar o cartão político seria o mesmo que afiliar-se a um
partido, tomar posição, assinariam algo que qualquer leitor diria: essa pessoa
pertence a este partido político. Nesse caso, não era apenas burlar a lei,
desobedecer, comprar uma liberação, mas ter posse de um cartão, afiliando-se a
ele. Devemos entender quando a Bíblia diz: “Se tivésseis
entendido o que significa: ‘Misericórdia quero, e não sacrifício’, não teríeis
condenado os inocentes.” (Mateus 12:7) A oposição às testemunhas de Jeová é tão forte que podem até usarem o próprio texto
bíblico citado para argumentarem que havia uma base bíblica para que as TJ no
Malaui se associassem à politica e obtivessem os cartões do partido
político. Em breve tais pessoas terão que "ir para fora".
Lá fora estão os cães e os
que praticam o espiritismo, e os fornicadores, e os assassinos, e os idólatras,
e todo aquele que gosta da mentira e a pratica. ─ Revelação 22:15.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Pregação em Barbacena.
Objetores de consciência são presos
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
O Mundo Como Espectadores
O Mundo Como Espectadores
Alexa é uma empresa que
registra dados sobre o número de acessos na internet. No tema “RELIGIÃO” o
site jw.org aparece como o número um. O Vaticano aparece na posição 25º. Em uma
linguagem “moderna e popular” as produções das Testemunhas de Jeová são
consideradas “TOP”.
Os congressos regionais
e internacionais têm se mostrado eficientes em prover ajuda espiritual para milhões
de pessoas no mundo inteiro. Fomos uns dos primeiros a utilizar uma técnica
na arte do Foto Drama da Criação em 1914. Nas décadas de 1920 e 1940 fomos os
primeiros a utilizar transmissões via rádio para divulgar as boas novas, além
de carros sonantes com alto-falantes e vitrolas portáteis. Somos os primeiros em dar treinamentos na “Escola
de Gileade” para enviar as pessoas aos mais diversos lugares, além de numerosas
escolas do Reino. Nós somos os primeiros em nossa posição de neutralidade
dentre todas as nações da terra. Nossas revistas são líderes mundiais na
produção e distribuição. Fomos os inventores de um sistema de digitação de
textos, composição e fotocomposição chamado MEPS. Somos destaque no uso da
tecnologia para a tradução da Bíblia e no uso de publicações digitais.
Agora o site JW.ORG é o
número um em acessos com o tema religião, e mais recentemente uma nova
tecnologia: a transmissão da TV: JW.ORG. Também merecem destaques: APP JW
Language; Biblioteca JW; Línguas de Sinais; somos o número um em quantidade de
idiomas em que são divulgadas as boas novas; grupos de ajuda humanitária;
grupos de ligação com hospitais; sistemas diferenciados de pregação pública,
etc..
(Deuteronômio 28:13) ”E Jeová te porá deveras à cabeça e não na
cauda; e terás de vir a estar somente em cima e não virás a estar embaixo, por
estares obedecendo aos mandamentos de Jeová, teu Deus, que hoje te ordeno
observar e cumprir”.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Esclarecimentos
Muitos comentários chegaram ao blog (não foram postados) indagando perguntas como essas:
O site [...](excluído pela moderação) é de vocês? Se não for, o que acham do conteúdo, qual a opinião de vocês sobre cada um dos artigos postados, tem fundamento o que dizem?
R= Não é!
A internet está repleta de sites mentirosos e difamatórios sobre as TJ.
Sites Recomendados:
http://traducaodonovomundodefendida.wordpress.com/author/queruvim/
http://oapologistadaverdade.blogspot.com.br/
O site [...](excluído pela moderação) é de vocês? Se não for, o que acham do conteúdo, qual a opinião de vocês sobre cada um dos artigos postados, tem fundamento o que dizem?
*Luiz Pereira
A internet está repleta de sites mentirosos e difamatórios sobre as TJ.
Sites Recomendados:
http://traducaodonovomundodefendida.wordpress.com/author/queruvim/
http://oapologistadaverdade.blogspot.com.br/
Mortes no Congo
Mortes no Congo
Um irmão da República do Congo, pede ajuda na forma de orações uma vez que a população do Congo está sendo assassinada. Essa situação ocorre porque rebeldes ugandeses da Aliança das Forças Democráticas (ADF) realizaram uma campanha de massacres.
Cerca de cem pessoas foram massacradas na
última quinta-feira perto de Beni, no leste da República
Democrática do Congo.
Um ancião de congregação e seu filho, quando retornavam do trabalho foram presos e decapitados. A situação é caótica e há poucas informações.
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Notícias Sobre a Celebração da Morte de Cristo 2015
Notícias Sobre a Celebração da Morte de Cristo 2015
Para a próxima campanha de 2015 da Celebração da Morte de Cristo está sendo preparado um vídeo que será apresentado no serviço de campo.
domingo, 9 de novembro de 2014
Notícias Sobre a Tradução do Novo Mundo
Notícias Sobre a Tradução do Novo Mundo
Na língua portuguesa haverá uma tradução para o português do Brasil e outra para o português utilizado em Portugal.
As Tjs da Romênia ficarão sem a nova tradução, porque a TNM (bi12) foi lançada recentemente em 2006.
Mesmo o português e o espanhol sendo uma língua falada por muitas TJs ainda não foi lançada a tradução nessas línguas. Por enquanto a nova versão da TNM foi traduzida para seis línguas: inglês, coreano, cazaque, azerbaijano, ucraniano e estoniano.
Em breve mais detalhes sobre a TNM em português.
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
A Questão entre as TJs, as Igrejas e as "falsas profecias"
A Questão entre as TJs, as Igrejas e as
"falsas profecias"
Um olhar mais atento sobre a história eclesiástica revelará uma
crônica de previsões não cumpridas feitas por líderes religiosos. Em muitos
casos foram acontecimentos turbulentos e/ou grandes mudanças sociais que
motivaram e deram origem a essas expectativas. Infelizmente, porém, há casos em
que, ao não se materializar o evento previsto, as massas experimentaram uma perda
de fé ou uma profunda decepção. Na verdade, existem indivíduos que hoje, por
causa deste histórico de predições falhas, recusam-se em atribuir credibilidade
a qualquer prognóstico religioso.
Muitas pessoas estão conscientes de que a Bíblia contém informação
profética. E alguns acham que a Bíblia é diretamente responsável por muitas
previsões que falharam. Outros ainda, no entanto, acham que a Bíblia não é a
responsável, mas que algumas pessoas fizeram interpretações que não tinham base
nas profecias bíblicas.
Este artigo documentará alguns casos de predições não cumpridas dentro
de grandes confissões religiosas que professam ser cristãs. Como vimos no
artigo " Falsas profecias ou equívocos? ", será que forçosamente tais
denominações devem ser rotuladas como falsos profetas? Que o leitor chegue a
conclusão correta!
A QUESTÃO EM
RELAÇÃO COM A IGREJA CATÓLICA ROMANA
A grande Igreja Católica Romana também tem um histórico de predições que
nunca se cumpriu. Gregório I, que foi Papa entre 590-604 E.C., predisse que o
fim do mundo era iminente numa carta que escreveu a Etelberto, um monarca
europeu. Segundo se cita no livro de Bernard McGinn, “Visions of the End – Apocalyptic Traditions in the Middle Ages”, pag. 64, este Papa aconselhou:
"Além disso, também desejamos que saiba Vossa Majestade,
conforme aprendemos das palavras do Deus Todo-Poderoso nas suas Sagradas
Escrituras, que o fim do mundo atual já está próximo e que o eterno Reino dos
Santos se aproxima. Ao ir se aproximando este fim do mundo, muitas coisas
incomuns vai acontecer: alterações climáticas, terrores do céu ... Todas estas
coisas não vão acontecer em nossos dias, mas todos eles virão a seguir em
nossos tempos ".
Mais tarde, segundo a “Cyclopedia of Biblical,
Theological & Ecclesiastical Literature”, de M'Clintock
e Strong, volume 1, pag. 257, se diz:
"Desde o ano 950, Adso, um monge de um mosteiro da
Francônia Ocidental, escreveu um tratado sobre o Anticristo, no qual ele
assinalava um tempo posterior para sua vinda, e também para o fim do mundo …
"Um rei franco", diz ele, "restaurará o Império Romano e
abdicará no Monte das Oliveiras, e ao dissolver seu reino, o Anticristo será
revelado".
Este estudo não estaria completo sem se fazer uma referência às
previsões do abade católico romano Joaquim de Fiore, um célebre escritor e
clérigo. Segundo R.B. Barnes comentou no livro “Prophecy and
Gnosis...”, pag. 22,:
"O pensador profético mais original da alta idade média
foi o abade calabrês Joaquim de Fiore (1131-1202) ... Em seus escritos mais
influentes, Joaquim interpretou a história através da Bíblia como um
desdobramento progressivo de três etapas, cada uma das quais era governada por
uma pessoa da Trindade. A Idade do Pai, uma era de temor e obediência sob a
Lei, tinha sido consumada com a vinda de Cristo. A Idade do Filho era a época
atual da fé e tutela sob o Evangelho, que seria seguido, por sua vez, pela
Idade do Espírito Santo ... Esta terceira e última etapa histórica, na qual se
consumaria a história humana, a qual já estaria alvorecendo no final do século
XII; Joaquim esperava a sua realização plena dentro de algumas gerações após o
ano 1200 ...".
Outro católico, Arnaldo de Villanova (segundo “Visions of the End...”, pag. 147, e “Prophecy and Gnosis”, pag. 24), predisse que “o Anticristo
apareceria em 1378”.
É óbvio que todas essas predições católicas fracassaram!
A QUESTÃO EM
RELAÇÃO À IGREJA LUTERANA
Uma das mais importantes confissões protestantes é a Igreja Luterana,
originada pelo reformador Martinho Lutero (1483-1546). O agravamento dos
acontecimentos durante o século XVI levaram Lutero a predizer que o fim do
mundo era iminente. De acordo com a obra “Reformation
Principles and Practice: Essays in Honor of Arthur Geoffrey Dickens”, pag. 169, Lutero declarou:
"De minha parte, tenho a certeza que o dia do juízo está
ao virar da esquina. Não importa que nós não saibamos o dia exato ... talvez
alguém pode calculá-lo. Mas é certo que os tempos agora estão chegando ao seu
fim."
Outro pesquisador, Robin Bruce Barnes, em seu livro “Prophecy and Gnosis – Apocalypticism in the Wake of the Luteran Reformation”, pags. 32 e 40, observou:
"Para Lutero, havia um padrão claro de degeneração na
história mundial..., correlacionando os acontecimentos históricos com profecias
bíblicas, Lutero pôde anunciar a proximidade do cataclismo final - e libertação
para os crentes - com relativa certeza ... (Lutero) estava, portanto, seguro de
que seu tempo era o "tempo do fim" mencionado em Daniel 12, quando o
significado dessas profecias era para ser revelada."
Continuando com o prenúncio de um desastre iminente após a morte de
Lutero, apareceram regularmente recompilações de suas predições. Alguns eram
breves panfletos, como "As Várias Declarações
Proféticas do Doutor Martinho Lutero, o Terceiro Elias" (1552). Sobre este, o escritor luterano Robin Bruce
Barnes, escreveu no livro “Prophecy and Gnosis –
Apocalypticism in the Wake of the Luteran Reformation”, pág. 64: "Lutero tinha profetizado que, depois de sua
morte, o Evangelho desapareceria". Um
zeloso luterano chamado Adam Nachenmoser escreveu uma volumosa obra intitulada “Prognostican Theologicum”, por volta de 1584.
Neste trabalho, Nachenmoser tentou interpretar todas as profecias da Bíblia. Em
um caso, segundo a obra anteriormente citada de R.B. Barnes, pags. 121, 122,
Nachenmoser previu que "... Em 1590 o Evangelho seria pregado a todas as nações e uma
maravilhosa unidade seria alcançada ... o último dia estaria, então, próximo.
Nachenmoser ofereceu numerosas conjecturas sobre a data; 1635 parecia mais
provável ...".
Outro
líder luterano, Andreas Osiander, escreveu “Conjecturas
sobre os Últimos Dias e o Fim do Mundo” (em
latim em 1544 e alemão em 1545). Afirma-se nesta obra (segundo a obra de R.B.
Barnes, pag. 116) que “... A
queda do Anticristo estava prevista para 1672. Um período de cerca de dezesseis
anos se seguiria, durante o qual o Evangelho seria pregado em todo o mundo. No
final deste tempo, ao começar as pessoas a pensar que tudo estava bem e que
poderiam viver como quisessem, uma terrível punição cairia sobre elas e o
Senhor viria como um ladrão na noite.”
Todas essas previsões luteranas
falharam!
A QUESTÃO EM RELAÇÃO À IGREJA BATISTA
A Igreja Batista, composta de suas muitas
ramificações, é uma das mais proeminentes igrejas protestantes no mundo. Ela
também tem a sua cota de previsões especulativas. Segundo o livro “When
Prophecy Fails”, de Festinger, Riecken e Schaeter, pag. 7, um dos primeiros
grupos, "os anabatistas do princípio do século XVI criam que o Milênio
ocorreria em 1533".
Hoje em dia, sobre
o tema do governo milenar de Cristo, pelo menos um grupo da Igreja Batista deve
estar equivocado com respeito às suas previsões, uma vez que existem
basicamente dois conflitantes pontos de vista proféticos no seio desta igreja.
Os autores O.K. Armstrong e Marjorie Armstrong deixaram isso claro no capítulo
17 de sua obra “The Indomitable Baptists”: "Um tema favorito de
disputa entre os batistas ultraconservadores é a doutrina do Milênio, que trata
da Segunda Vinda de Cristo. Uma menção do Milênio no livro de Apocalipse,
tomada literalmente, deu origem a discussões sobre o governo de Cristo sobre a
Terra, se seria por mil anos antes de sua ascensão final ou mil anos depois
...". Um grupo veio a ser chamado de "pré-milenaristas" e o
outro "amilenaristas", certamente levantando a questão de qual grupo
de batistas fez a previsão correta. Evidentemente, mais uma vez tornou-se claro
que havia (e ainda há) algum tipo de previsão frustrada dentro de outra
confissão religiosa amplamente respeitada.
No início do século XX, o conhecido Dr. Isaac M.
Haldeman, pastor da Primeira Igreja Batista da cidade de Nova York, predisse
que, antes que os judeus retornassem à Palestina, apareceria o Anticristo. Em
seu livro “The Signs of the Times”, pags. 452, 453, Haldeman explicou:
"As Escrituras ensinam que este homem (o
Anticristo) será o principal fator para trazer os judeus de volta como conjunto
a sua própria terra; que ele será o poder que trará êxito ao sionismo, e que
através dele o nacionalismo dos judeus triunfará".
O pastor e escritor batista Isaac
Massey Haldeman Seu livro "The Signs of the Times"
Quando
o Estado de Israel foi fundado em 1948, os judeus foram restaurados a Palestina
sem o advento do Anticristo.
Obviamente, os
batistas também falharam em suas predições!
A QUESTÃO EM RELAÇÃO ÀS IGREJAS EVANGÉLICAS PENTECOSTAIS
Uma das
principais igrejas protestantes "carismáticas" do nosso tempo é a
Igreja Assembleia de Deus.
Este grupo tem uma rica história de predições que não se cumpriram.
Um estudo definitivo sobre as predições realizadas por esta
igreja se publicou em 1977 sob o título 'Armageddon Now!'. Seu autor,
Dwight Wilson, é um ministro ordenado das Assembleias de Deus e tem servido
como catedrático de História no seminário Bethany Bible em Santa Cruz,
Califórnia. Este livro fala de predições falhas desta e de outras igrejas, e em
sua sobrecapa se inclui o seguinte aviso: "O autor adverte a seus
companheiros premilenaristas que perderam a credibilidade, se seguem vendo em
cada crise política um cumprimento seguro de profecias bíblicas, pesem a seus
óbvios erros relativos a crises anteriores".
O livro 'Armageddon Now!' (Armagedom Agora!), de Dwight Wilson (Para fazer um download gratuito deste livro, em inglês,
queira clicar no link abaixo)
Durante a Primeira Guerra Mundial, a revista 'The Weekly Evangel' (O Semanário do Evangelho),
publicação oficial das Assembleias de Deus dos EUA, fez a seguinte predição em
seu número de 10 de abril de 1917, pg. 3:
"Ainda não estamos na luta do Armagedom propriamente dita,
senão em seu começo, e pode ser, se os estudantes de profecias interpretam bem
os sinais, QUE CRISTO VENHA ANTES QUE TERMINE A ATUAL GUERRA, E ANTES DO
ARMAGEDOM. (...)A guerra preliminar ao Armagedom, pelo que parece, já
começou."
O número de 13 de maio de 1916 da mesma revista, pg. 6-9,
incluia um artigo intitulado 'Os Tempos dos Gentios' em que se fizeram mais
predições. Entre elas, se declarou:
"Tal como Israel perdeu o domínio sobre sua terra, o
princípio destes tempos dos gentios (606 AEC, segundo o autor do artigo),
parece que a primeira data terminal marcaria algum tipo de princípio de
restauração da Terra. Não dá isto grande significado ao movimento sionista da
parte dos judeus?(...) Que inspirador é o pensamento de que, se 1915 ou 1916
resulta ser a primeira data terminal, então os 19 anos mais até 1934 ou 1935
podem abranger o tempo do fim com o turbilhão de acontecimentos, como o reino
dos Dez Reis, o Anticristo, o pacto dos sete anos..."
No número de 26/03/1949, pg.10, se disse: "O Terceiro Templo conforme
esboçado por Ezequiel asseguradamente será reconstruído em nossa própria
geração."
O número de 09/03/1940, pg.11, diz: "Com tanta atividade
militar ao redor da Palestina dá a impressão que as nações estão se apressando
ao seu grande conflito no Armagedom."
Já o número de Abril de 1948 diz, sob o título 'Deus e a Crise
Mundial': "Nove países da
Europa Oriental já estão unidas. Está preparado o terreno para a grande batalha
do Armagedom."
E para finalizar, mais uma 'pérola', do número de 21/05/1949,
pg.2: "A Guerra
Atômica começará, antes, ou no mínimo, em Janeiro de 1953".
Um destacado lider das Assembleias de Deus,
Thomas M. Chalmers, em um sermão proferido em princípios dos anos 20 do século
passado diante da Igreja das Assembleias de Deus de Springfield, Missouri, tem
feito predições baseadas em sua exegese de Ezequiel, cap.38. Em parte
afirmou:
"Dentro de meia dezena ou uma dezena de anos (eu não creio
que sejam uma dezena de anos), uma bonita manhã os habitantes de Jerusalém
verão uma grande nuvem (veja-se o vers.16); em poucos minutos, a nuvem
desenvolverá-se numa grande nuvem de aviões que irão aterrizar dezenas de
milhares de homens sobre o solo da Palestina". ("Palestinian
Mandate Approved", The King´s Business, XIII, 11/1922, pg.1137)
Obviamente, as predições e expectativas de Chalmers e de todos
os assembleianos não se cumpriram!!!
CONCLUSÃO
Como vimos, as inúmeras denominações protestantes, bem como
outras, estão infestadas pelas ditas 'falsas profecias'.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Reuniões Epeciais
Reuniões Epeciais
Em janeiro de 2015 teremos a
visita de dois representantes da sede aqui no Brasil: o irmão Geoffrey Jackson,
membro do Corpo Governante e John Wentworth. Por ocasião da visita haverá uma reunião
especial em 25 de janeiro de 2015, o programa terá duração de três horas e será
transmitido para todas as congregações no Brasil.
Além da visita do irmão
Geoffrey Jackson em janeiro, estamos muito felizes que em março de 2015 receberemos
a visita de um outro membro do Corpo Governante, o irmão David Splane. Em
conexão com a visita do irmão Splane está agendada uma reunião especial para 22
de março de 2015! O programa desta reunião também será de três horas de
duração e será transmitido a todas as congregações do país.
Fotos: Betel Brasil; David Splane na Reunião Anual
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Destruição de Jerusalém - Quando?
Destruição de Jerusalém - Quando?
Como se chega a 607 A.E.C.?
Nas publicações das Testemunhas
de Jeová se afirma que Jerusalém caiu diante dos babilônios no ano 607 A.E.C.,
enquanto os historiadores atuais costumam datar este acontecimento em 587
A.E.C. Alguns opositores acusam às Testemunhas por aceitar a data de 539 A.E.C.
e rejeitar a de 587 A.E.C. Por que isto é assim?
Como se chega a 539 A.E.C.?
Se pode
chegar a data de 539 A.E.C. para a queda de Babilônia diante dos persas, não
somente pelo cânon de Ptolomeu (uma lista de rei babilônios e persas escrita no
século 2 E.C., cuja viabilidade falaremos depois), sendo também por outros
meios. Entre estes, destaca uma tabuinha de argila babilônica denominada Strm
Kambyses 400, com a seguinte informação astronômica correspondente ao ano
sétimo de Cambises II, filho de Ciro II: "Ano 7, Tamuz, noite de 14, 1 2/3
horas duplas [três horas e vinte minutos] depois que veio a noite, um eclipse
lunar visível em todo seu curso; chegou à metade norte do disco [da lua].
Tebet, noite do 14, duas horas duplas e média [cinco horas] na noite antes da
manhã [na última parte da noite], o disco da lua se eclipsou; todo o curso
visível; o eclipse chegou às partes norte e sul”. (Inschriften von Cambyses,
König von Babylon, de J. N. Strassmaier, Leipzig, 1890, núm. 400, linhas 45-48;
Sternkunde und Sterndienst in Babel, de F. X. Kugler, Münster, 1907, vol. 1,
págs. 70, 71.) Aqui se fala de dois eclipses, dando suas datas segundo o
calendário babilônico. Estas datas coincidem com dois eclipses que foram
visíveis em Babilônia o 16 de julho de 523 A. E.C. e o 10 de janeiro de 522 A.
E.C. (Cânon of Eclipses, de Oppolzer, tradução ao inglês de O. Gingerich, 1962,
pág. 335.) Portanto, esta tábuinha parece indicar que o sétimo ano de Cambises
II começou na primavera de 523 A. E.C.
Como o sétimo
ano de Cambises II começou na primavera de 523 A. E.C., seu primeiro ano de
reinado foi o 529 A. E.C., e em seu ano de ascensão e último ano de Ciro II
como rei de Babilônia foi o 530 A. E.C. (vale recordar que o período desde que
um rei chegava ao trono até o fim desse ano se denominava em seu ano de
ascensão, e o seguinte ano completo era seu primeiro ano).
Assim,
sabemos qual foi o último ano de reinado de Ciro em Babilônia. A última
tabuinha datada do reinado de Ciro II é do dia vigésimo terceiro do mês quinto
de seu nono ano. (Babylonian Chronology, 626 B.C.–A.D. 75, de R. Parker e W.
Dubberstein, 1971, pág. 14.) Se o nono ano de Ciro II como rei de Babilônia foi
o 530 A. E.C., segundo esta conta seu primeiro ano foi o 538 A.E.C., e em seu
ano de ascensão, o 539 A.E.C.
Há outros
meios que apontam ao mesmo ano: o historiador Diodoro, bem como Africano e
Eusébio, mostram que o primeiro ano de Ciro como rei de Pérsia correspondeu à
LV Olimpíada, ano 1 (560 / 559 A.E.C.), enquanto o último ano de Ciro se coloca
na LXII Olimpíada, ano 2 (531/530 A.E.C.). As tabuinhas cuneiformes dão a Ciro
um reinado sobre Babilônia de nove anos, o que apoia no ano 539 como a data da
conquista de Babilônia. (Handbook of Biblical Chronology, de Jack Finegan,
1964, págs. 112, 168-170; Babylonian Chronology, 626 B.C.–A.D. 75, pág. 14).
A crônica de
Nabonido estabelece no dia e no mês: 12 de outubro segundo o calendário
juliano, 6 de outubro segundo o calendário gregoriano.
Tanto os
historiadores como as Testemunhas de Jeová calculam a data da destruição de
Jerusalém a partir da data de 539 a. E.C.
Como se chega a 607 A.E.C.
As
Testemunhas de Jeová o calculam da seguinte maneira: Textos como Jeremias 25:8,
9, 11-14; 29:10-14; Daniel 9:1, 2; 2 Crônicas 36:19-23 e Zacarias 1:12; 7:5
indicam que decorreu um período de 70 anos literais desde a desolação de
Jerusalém e Judá até sua restauração. Já que os judeus regressaram no segundo
ano, o 537 A.E.C., 70 anos atrás nos leva a 607 a.E.C. É simplesmente assim!
Como se chega a 587 A.E.C.
No entanto, a cronologia de
Parker e Dubberstein, que é a que aceitam a maioria de historiadores desde
meados do século XX, não presta atenção ao depoimento da Bíblia e realiza seu
cálculo baseando-se principalmente no Cânon de Ptolomeu, e também numa tabuinha
astronômica chamada "VAT 4956".
O Cânon de Ptolomeu
menciona cinco reis da dinastia neobabilônica que governou antes da conquista
de Ciro: Nabopolassar (ao qual atribui-se-lhe 21 anos de reinado),
Nabucodonosor (43 anos), Evil-Merodaque (2 anos), Neriglissar (4 anos) e
Nabonido (17 anos).
Contando para trás desde
539 A.E.C. chega-se à conclusão de que Nabucodonosor começou a reinar 66 anos
antes, isto é, em 605 A.E.C. ( a tabuinha "VAT 4956" parece coincidir
com essa data, pois localiza no ano trinta e sete do reinado de Nabucodonosor
exatamente no mesmo ano que o faz o cânon de Ptolomeu). Já que textos como 2
Reis 25:8 e Jeremias 52:29 mostram que a desolação de Jerusalém sucedeu no ano
décimo oitavo de Nabucodonosor (décimo nono se se contar a partir de seu
"ano de ascensão"), isto lhes leva à data de 587 A. E.C.
(curiosamente, para isto sim aceitam o depoimento da Bíblia).
Como explicar a 'contradição'?
Aos que não
creem na infalibilidade da Bíblia, basta dizer que a cifra de 70 anos é um erro
ou uma mentira. Alguns crentes tratam de explicá-lo dizendo que a cifra de 70
anos é simbólica, não literal, ou que não decorre entre a desolação de Judá e
sua restauração, mas os textos citados acima não apoiam essas conjecturas.
Portanto, a nós cristãos, nos vemos diante a escolha de crer em Parker e
Dubberstein, que atribuem ao exílio uma duração de 50 anos, ou crer no Autor da
Bíblia, que lhe atribui 70 anos.
Para as
Testemunhas de Jeová a opção é clara, e não há necessidade de ir além. No
entanto, podem-se adicionar alguns comentários sobre a confiabilidade dos dados
que contradizem o depoimento bíblico. Nenhum historiador pode negar a possibilidade
de que o quadro atual da história babilônica possa ser enganoso ou estar
equivocado. Sabe-se, por exemplo, que os sacerdotes e reis da antiguidade às
vezes alteravam os registros segundo os fins que lhes conviam. Ou, ainda, se a
evidência descoberta fora exata, pudesse ter sido mal interpretada pelos
estudiosos modernos, ou estar incompleta, de maneira que a cronologia daquele
período pudesse ser drasticamente alterada por material ainda não descoberto.
Quanto
ao cânon de Ptolomeu, do século 2 E.C., o professor E. R. Thiele escreve em seu
livro The Mysterious Numbers of the Hebrew Kings:
"O cânon de Ptolomeu se
prepara principalmente com propósitos astronômicos, não históricos. Não dava
a entender que apresentava uma lista completa de todos os governantes, seja
de Babilônia ou da Pérsia, nem no mês ou dia exato do princípio de seus reinados,
senão que era um recurso que fazia possível colocar corretamente num extenso
arranjo cronológico certos dados astronômicos que então estavam disponíveis.
Os reis cujos reinados duraram menos de um ano e dos que não atingiram no dia
de Ano Novo, não foram mencionados."
|
É
importante ter em conta que o cânon não se escreveu como um registro histórico,
senão astronômico: Ptolomeu usou os reinados de antigos reis (segundo ele os
conhecia uns sete séculos depois) simplesmente como um marco no qual colocar a
informação astronômica. Por isso, não se pode ter a segurança de que estivesse
correto ao atribuir certo número de anos a vários reis. De fato, enquanto
Ptolomeu credencia a Evil-Merodaque apenas dois anos de governo, Polyhistor lhe
atribui doze anos, por exemplo. Ademais, não é possível estar seguro de que
tenham reinado só cinco reis durante este período. Por exemplo, em Borsipa
foram encontrados vários nomes de reis babilônios que não aparecem em nenhuma
outra parte.
Quanto
à tabuinha "VAT 4956", o texto não é um original, senão uma cópia de
outro texto anterior, e contém numerosos espaços em branco. Atualmente nem
sequer se entendem alguns dos termos que se encontram nela. No texto aparece
duas vezes a anotação hi-bi (que significa, "rompido, impreciso").
Desta maneira o escriba reconheceu que estava trabalhando com uma cópia
defeituosa. Isto supõe que sua confiabilidade é ao menos duvidosa. Mas ainda
supondo que a informação astronômica apresentasse um quadro veraz do original, isto
não estabeleceria a veracidade da informação histórica. Igual ao cânon de
Ptolomeu, simplesmente usava os reinados de antigos reis, segundo a cronologia
que se aceitava em seu tempo, como um marco para colocar a informação
astronômica. De maneira que o copista da "VAT 4956" pôde simplesmente
inserir no ‘ano trinta e sete de Nabucodonosor’ segundo a fonte de informação
que utilizasse. Os eruditos alemães Neugebauer e Weidner (que são quem
traduziram o texto), reconhecem que o escriba evidentemente mudou palavras para
adaptá-las à terminologia abreviada em uso em seu dia; mas foi um tanto
inconsistente como inexato. Da mesma maneira facilmente pôde ter inserido outra
informação que se adaptasse a seus propósitos, de maneira que cabe a
possibilidade de que tanto o cânon de Ptolomeu como a "VAT 4956"
tenham derivado de uma mesma fonte básica e compartilhem erros mútuos.
Em oposição
ao cânon de Ptolomeu e à "VAT 4956" se erguem os depoimentos unânimes
de Jeremias, Zacarias, Daniel e o escritor de 2 Crônicas, de que Judá e
Jerusalém jazeram desoladas por setenta anos. As Testemunhas de Jeová preferem
dar crédito a estes últimos.
Nota:
O professor Rolf Furuli, de Oslo,
acaba de publicar o primeiro de dois livros que nos faz uma revisão exaustiva
dos documentos antigos para corroborar a data de 607 A.E.C. como a da
destruição de Jerusalém.
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